SEAGRO, MDA e entidades discutem problemas do Programa Mais Alimentos

26.11.2008 | 21:59 (UTC -3)

O programa Mais Alimentos, criado no meio do ano pelo Governo Federal como forma de fortalecer a agricultura familiar, vem enfrentando alguns problemas para a sua execução plena em Goiás. Característica essa de programas novos e em fase de implantação. Esses problemas foram discutidos em detalhes numa reunião nessa terça feira na sede da SEAGRO, e que contou com as participações do Secretário Adjunto da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Argileu Martins da Silva, o Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Paulo Martins da Silva, e representantes de órgãos e entidades como o Banco do Brasil, FAEG, FETAEG, OCB, FETRAF, FETADF, associações e sindicatos.

O representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Argileu Martins da Silva, disse que os problemas são considerados normais, de pequena intensidade, e que todos eles se devem a um fato: a falta de informação por parte do agricultor e de conhecimento de como funciona e da importância do programa. "Muitas informações não estão muito claras ou são deformadas, como por exemplo, que o Mais Alimentos é para financiar tratores. Não é bem isso. Ele é bem mais amplo. Os financiamentos, com juros de 2% ao ano e com prazo de 10 anos para pagamento, podem ser feitos para a recuperação de solo ou para aquisição de máquinas e equipamentos como ordenhadeiras, tratores, tanques de granelização, animais, enfim, aplicações visando modernizar a agricultura familiar", afirmou.

Para tanto, Argileu Martins da Silva orienta aos produtores para que procurem os escritórios de extensão rural, uma organização de assistência técnica, os sindicatos, ou a Delegacia do Ministério da Agricultura e busquem essas informações.

Afirma que o "programa é bom". Está se desenvolvendo bem em várias regiões do país e dá condições raras de conseguir melhorar o sistema de produção, a produtividade e, consequentemente, a rentabilidade do agricultor.

A vigência do programa é até o meio do ano que vem, mas o secretário do MDA disse que é possível que ele seja prorrogado, mas tudo depende do seu desempenho.

O Secretário de Agricultura, Paulo Martins da Silva, destaca que o programa é muito importante principalmente com a taxa de juros de 2% ao ano, com limite de 100 mil reais para financiamentos, prazo de 10 anos para pagamento e com 3 anos de carência. São exigências que trazem facilidades para os agricultores. Mas admitiu, também, a falta de informações como fator de pouca adesão ao programa.

Paulo Martins da Silva defende a realização de gestões junto ao Conselho Monetário Nacional no sentido de que o programa seja prorrogado.

Representantes da Superintendência do Banco do Brasil em Goiás, que participaram de reunião, divulgaram alguns dados sobre o programa e alertaram para o alto grau de inadimplência. O índice que era de 1,7% subiu para 7% e em algumas regiões já atinge a 25%. Apenas 6% dos financiamentos foram para aquisição de máquinas e correção do solo, o que é considerado pouco. Além disso, 81% dos investimentos no Estado são destinados à bovinocultura. Por sua vez, os produtores das regiões Norte e Nordeste do Estado tem dificuldades na aquisição de máquinas agrícolas pois estão localizados distantes das revendedoras. Libório Santos

Fonte: Seagro - (62) 3201 8905 / www.seagro.go.gov.br

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