CASP participa do Show Rural Coopavel e vê com otimismo as projeções de aumento na produção de grãos
O Coordenador Comercial da CASP, Henrique Silva, está otimista com os números recém divulgados sobre armazenagem
Um ano marcado por recordes em produtividade e qualidade de grão. A safra de 2016 foi motivo de comemoração para os produtores de praticamente todas as regiões do Sul do país. A redução de área, que chegou a mais de 19,2% no Paraná, não impediu o aumento da produção e mais, possibilitou aos produtores a utilização de um maior nível tecnológico comparado com o ano anterior e menores perdas por ação climática. As cultivares da Biotrigo Genética, que alcançaram excelentes médias no último ano, estarão expostas no Show Rural Coopavel, que acontece em Cascavel/PR, de 6 a 10 de fevereiro. O estande da Biotrigo está localizado na Rua B, próximo ao pavilhão da avicultura.
Rendimentos acima do esperado
Segundo o Gerente da Regional Norte (PR, SP, Cerrado e Paraguai) da Biotrigo, Fernando Michel Wagner, as produtividades no Paraná apresentaram altos rendimentos. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, mostram que o rendimento superou 51,6 sc/ha. A produção de 3,4 milhões de toneladas de trigo ficou 3% acima do volume colhido na safra passada.
As boas condições climáticas, com chuvas bem distribuídas e temperaturas mais amenas, proporcionaram os bons resultados. A exceção foi a região Norte, que apresentou perdas causadas por intempéries climáticas. Nas regiões de Londrina e de Cambará, as produtividades oscilaram. Nas localidades que sofreram com a seca, ocorrida do início ao final de perfilhamento, especialmente na fase de espigueta terminal, quando se define número de grãos por espiga, as produtividades ficaram um pouco mais baixas. “Durante o perfilhamento, observamos a ocorrência de apenas uma precipitação em mais de 60 dias. Além disto, tivemos aproximadamente 35 dias sem nenhuma chuva no período de enchimento de grãos e isso limitou os altos tetos produtivos esperados. Vimos áreas variando as produtividades entre 40 a 60 sc/ha”, relata.
A Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), localizada em Guarapuava/PR, atendeu na última safra, uma área de quase 30 mil hectares. Segundo Juliano Luiz de Almeida, pesquisador de trigo da Fundação, a produtividade dos cooperados ficou em torno de 77 sc/ha e dos agricultores fomentados, 59 sc/ha. “Em lavouras de cooperados tivemos TBIO Toruk com 102 sc/ha (lavoura assistida pelo agrônomo Tiago Bombardelli). Já no fomento tivemos o máximo de produtividade (91,6 sc/ha) com o TBIO Toruk em Candói/PR (lavoura assistida pelo agrônomo Marcos Antônio Novatzki). Conforme Almeida, a produtividade dos cooperados teria sido ainda maior, não fosse a ocorrência de uma chuva de granizo muito forte em novembro, que abrangeu em torno de 8 mil hectares nos municípios do Pinhão, Reserva do Iguaçu e Candói. “Os danos foram muito variáveis. Se este evento não tivesse ocorrido a produtividade dos cooperados seria ainda maior”, relata Almeida.
No geral, segundo Wagner, as diferenças de rendimento variaram de 50 sc/ha, até chegar a valores de mais de 100 sc/ha. “Nesta safra, com baixo nível de investimento os produtores obtiveram resultados entre 50 e 60 sc/ha e alto investimento, com resultados superiores a 80 sc/ha chegando em muitos casos acima de 100 sc/ha”, complementa Wagner.
O engenheiro Agrônomo e Gerente de Marketing Estratégico da Belagrícola, Francisco Wellington Barbosa Sampaio, relata um bom exemplo na região dos Campos Gerais. “Na fazenda de 150 hectares da Familia Hilgenberg, chegou a produtividade de 110 sc/ha”. Comprovando o alto potencial que a cultura possui se bem manejada. Nestes patamares de produtividade o custo por hectare se diluí.
PH teve pouca variação
De maneira geral, o PH (peso hectolítrico) se manteve estável, com variações entre 78-82 e teor de umidade no grão entre 12% a 13%. A genética das cultivares, que possuem alto potencial produtivo, foi um dos principais fatores que influenciaram na boa qualidade e produtividade nesta safra. “Investimentos em adubação, tratos culturais bem realizados e o clima favorável também fizeram a diferença”, explica Wagner.
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