Projeto da Epagri pretende mapear e monitorar culturas agrícolas de forma automatizada
Tais dados são importantes para ações como previsão de safra, planejamento agrícola, formulação de políticas públicas, gestão de recursos naturais, entre outras
Os produtores do tomate industrial brasileiro vivem mais um ano desafiador. É o que aponta o recente levantamento feito pela Tomate BR, associação brasileira dos processadores e utilizadores de tomate industrial. De acordo com o órgão, as condições climáticas adversas, devido a presença do evento El Niño, e a alta proliferação de pragas, como a mosca branca, devem afetar consideravelmente a produtividade das lavouras, com expectativa de retorno ao patamar de 2022.
Segundo Vlamir Breternitz, diretor da Tomate BR, a área de cultivo deve ultrapassar 19 mil hectares, uma revisão das projeções divulgadas pela associação no início deste ano, quando se esperava um aumento de 7% do espaço ocupado pelas plantações. A produção deve alcançar em torno de 1,7 milhão de toneladas e os números das colheitas devem ficar bem próximos dos registrados em 2022, conforme mostra a projeção mais recente da entidade.
“O ano de 2023 foi um dos mais rigorosos da última década com o tomate e este ano as projeções eram mais otimistas, porém estamos enfrentando diversas dificuldades. As altas temperaturas nos meses de janeiro, fevereiro e março contribuíram para a ponte migratória de agentes transmissores de viroses, a exemplo da mosca branca, vindos de culturas como a soja. Com isso, as primeiras lavouras sofreram sérios danos e algumas tiveram até mesmo que ser erradicadas”, explica.
Ainda sobre as adversidades climáticas, de acordo com o diretor da Tomate BR, as chuvas intensas, registradas no mês de março, dificultaram também o transplante das mudas, atrasando o cronograma e reduzindo a área de algumas lavouras.
“Os produtores perderam muitas mudas ainda em viveiro, devido a este atraso no transplante. E alguns reduziram o espaço do plantio justamente para não adentrarem suas colheitas em meses de maiores riscos climáticos, levando em conta que a partir do segundo semestre teremos a presença de outro evento climático, a La Niña, caracterizada por fortes chuvas a partir do mês de setembro, nas regiões onde se concentram as principais lavouras do país”, conclui o executivo.
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