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A reestimativa da safra de laranja 2018/19 do parque citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, divulgada pelo Fundecitrus nesta segunda-feira (10), aponta produção de 273,34 milhões de caixas de 40,8 kg. Esse valor corresponde a uma redução de 5,19% em relação à estimativa publicada em maio.
A queda da safra foi motivada por uma estiagem mais severa do que a prevista para os meses de maio a julho que provocou menor crescimento dos frutos. A previsão climática no momento da primeira estimativa indicava um ano menos chuvoso, com um acumulado previsto para esses meses, em torno de 101 milímetros, índice 24% abaixo da média histórica (1981-2010), porém, o volume real de chuva acumulada nesse período ficou em 36 milímetros, 73% inferior à média histórica, configurando a pior seca para esses meses nos últimos dez anos analisados.
Os frutos colhidos de todas as variedades até o mês de agosto apresentaram peso médio abaixo do projetado em maio de 2018. As chuvas desse período estão diretamente relacionadas com o desenvolvimento dos frutos e, consequentemente, com o ganho de peso. Considerando todas as variedades, o tamanho médio dos frutos foi reestimado para 270 frutos por caixa, contra os 256 frutos por caixa previstos em maio para compor uma caixa padrão de 40,8 kg.
O acompanhamento dos pomares também mostrou que a taxa de queda de frutos está se confirmando alta nesta safra, o que permite manter a projeção de 17% em média considerando todas as variedades. Uma das premissas que havia embasado essa projeção era a perspectiva de agravamento da severidade do greening, que foi comprovada pelo levantamento publicado pelo Fundecitrus em agosto. Outro motivo que contribuiu para manter a queda em patamar elevado foi a ocorrência de rachadura da casca dos frutos, observada em todas as regiões e de forma intensa na maior parte do cinturão citrícola, também motivada pela seca severa do período.
Da safra total, cerca de 15,37 milhões de caixas deverão ser produzidas no Triângulo Mineiro. Ao todo cerca de 36% da safra 2018/19 foi colhida. Nessa mesma época, na safra passada, a colheita estava em 34%. A principal diferença entre elas é que a colheita atual avançou para as variedades tardias mais rapidamente, o que indica que a safra será encerrada mais cedo.
O trabalho de Pesquisa de Estimativa de Safra é feito pelo Fundecitrus em cooperação com a Markestrat, FEA-RP/USP e FCAV/Unesp.
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