Safra de café em 2024 tem queda de 1,6%

Resultado foi impactado pelas condições climáticas adversas

21.01.2025 | 10:01 (UTC -3)
Revista Cultivar

A safra brasileira de café em 2024 totalizou 54,2 milhões de sacas de 60 kg, volume 1,6% inferior ao registrado no ciclo anterior. O resultado foi impactado pelas condições climáticas adversas, como estiagens e altas temperaturas, que afetaram importantes regiões produtoras.

Minas Gerais, principal estado produtor, teve uma redução de 3,1% na produção, atingindo 28,1 milhões de sacas. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A área total cultivada no país manteve-se estável em 2,23 milhões de hectares, com 1,88 milhão de hectares em produção e 353,6 mil hectares em formação. A produtividade média nacional encerrou em 28,8 sacas por hectare, redução de 1,9% em relação ao ano anterior.

Produção por espécies

A produção de café arábica totalizou 39,6 milhões de sacas, crescimento de 1,8% sobre a safra passada.

O conilon, por outro lado, registrou queda de 9,6%, totalizando 14,6 milhões de sacas. A redução ocorreu devido às condições climáticas adversas, especialmente no Espírito Santo e em Rondônia.

No Espírito Santo, principal produtor de conilon, a colheita atingiu 9,8 milhões de sacas, queda de 3,1% em relação a 2023. Em Rondônia, a produção caiu 31,2%, chegando a 2,1 milhões de sacas. O estado sofreu com estiagens prolongadas e ajustes de área após novo mapeamento.

Desempenho por estados

Minas Gerais, responsável por 52% da produção nacional, teve sua safra reduzida devido à falta de chuvas desde abril, resultando em baixos volumes colhidos. São Paulo apresentou crescimento de 8,2%, atingindo 5,4 milhões de sacas, enquanto a Bahia registrou queda de 9,7%, com produção total de 3,1 milhões de sacas.

Outros estados produtores também enfrentaram desafios climáticos. O Paraná teve queda de 6%, com 675,3 mil sacas de arábica. Já o Rio de Janeiro e Goiás apresentaram crescimento na produção, com aumentos de 13,2% e 13,9%, respectivamente. Mato Grosso e Amazonas também ampliaram sua produção, com 3,1% e 45,7% de crescimento.

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