Segue colheita do milho no RS
A colheita do milho avança no Rio Grande do Sul e atinge 27% da área no Estado
Desde a safra passada, a Emater/RS-Ascar vem desenvolvendo um programa, em conjunto com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), e em parceria com diversas instituições e entidades de ensino e pesquisa, para o monitoramento da ocorrência de esporos de ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul, como estratégia para o manejo da doença. O programa é coordenado pelo engenheiro agrônomo fiscal estadual agropecuário Ricardo Augusto Felicetti, pela doutora em fitopalogia da Seapdr, Andreia Mara Rotta de Oliveira, e pelo engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Elder Dal Prá.
Segundo Dal Prá, o programa visa auxiliar na tomada de decisão e contribuir com a racionalização no uso de fungicidas, na redução do impacto ambiental e do custo de produção das lavouras de soja. “Além de integrar os dados obtidos no monitoramento de esporos com informações relativas às condições meteorológicas (precipitação pluvial, temperatura e molhamento foliar), que podem ser utilizadas para a escolha da melhor estratégia de manejo da ferrugem”.
O programa é executado, nesta safra, por meio da instalação de coletores de esporos em 24 lavouras de soja de todo o Estado, georreferenciadas e caracterizadas como Unidades de Referência (URs) dos programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) e Manejo Integrado de Doenças (MID). Na safra passada, os coletores foram instalados em 24 lavouras com o objetivo de realizar um estudo piloto de monitoramento da ocorrência de esporos nas regiões produtoras, as quais também serão base de referência nesta safra.
“O coletor é constituído por uma haste de ferro com base para fixação no solo. Acoplado na haste há um tubo alongado e cilíndrico de PVC. Neste, é inserido um suporte para instalação de uma lâmina de vidro para microscopia, na qual é colada fita adesiva dupla face, para capturar os esporos trazidos pelos ventos. A lâmina de cada coletor será substituída uma vez por semana pelos técnicos da Emater, acondicionadas e encaminhadas para os laboratórios das instituições que fazem parte do programa, para análise e determinação da presença de esporos”, explica Dal Prá.
Com o objetivo de subsidiar os estudos epidemiológicos e o monitoramento de P. pachyrhizi, além da data da detecção, serão registrados os dados da localização georreferenciada, dados meteorológicos, cultivar, data da emergência, data da detecção dos primeiros uredosporos, data da primeira aplicação de fungicidas para ferrugem, e número de dias da emergência até a primeira aplicação e número total de aplicação de fungicidas. Os resultados das análises das lâminas serão disponibilizados pelas instituições, através do site do programa, que estará disponível em algumas semanas. Dessa forma, todos os dados estarão reunidos num mesmo documento, ficando disponíveis para todas as instituições referentes à detecção de esporos do fungo nas lavouras que estão sendo monitoradas, sendo também divulgados por meio de informativos, comunicados, boletins técnicos ou artigos científicos, reuniões técnicas, palestras e eventos científicos.
Instituições parceiras
Universidade de Passo Fundo (UPF), Embrapa Clima Temperado/Clínica Fitossanitária, Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) Campus Ibirubá, Smart Consultoria Agronômica e Serviços Agrícolas Ltda – Smart Agri, Sociedade Educacional de Três de Maio (Setrem), Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e Missões (URI) Campus Santiago, Universidade Federal do Pampa (Unipampa) Campus Itaqui e São Gabriel, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), e Universidade de Cruz Alta (Unicruz).
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