Resultados de pesquisa com cana são avaliados na Embrapa Agroenergia

22.09.2009 | 20:59 (UTC -3)

Na semana em que o Governo Federal lançou o Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar a Embrapa Agroenergia (Brasília/DF) realizou duas reuniões técnicas de projetos que tem essa cultura como foco.

Os eventos, que ocorreram nos dias 17 e 18.09, na Sede da empresa, tiveram como objetivo avaliar os projetos de pesquisa que visam o desenvolvimento de tecnologia para o setor sulcroalcooleiro.

Na quinta-feira (17), foram discutidas as ações relacionadas à transformação genética de cana-de-açúcar visando tolerância à seca, apresentadas pelos pesquisadores da Embrapa Agroenergia e da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia que atuam no projeto, que tem apoio de bolsistas vinculados a universidades parceiras com recursos do CNPq e da própria empresa.

A expectativa do grupo, salienta Hugo Molinari, coordenador dos trabalhos e pesquisador da Embrapa Agroenergia, é que no inicio de 2011 já estejam disponíveis os primeiros eventos de cana geneticamente melhoradas. Hugo explica que uma série de técnicas, moleculares e bioquímicas, são realizadas em laboratórios para confirmar a presença, integração, expressão e estabilidade do transgene nas plantas transformadas, antes que estas sejam levadas para testes em casa-de-vegetação e a campo. Nestas etapas também serão realizadas avaliações agronômicas, fisiológicas e de biossegurança, ou seja, para assegurar a equivalência da variedade geneticamente modificada à planta da qual a nova variedade se originou.

Na sexta-feira (18), foram apresentados os resultados parciais de um ano e meio de execução do projeto “Utilização da metagenômica, genômica e proteômica visando à prospecção de genes e proteínas de interesse biotecnológico para o setor sucroalcooleiro”. Os trabalhos de pesquisas focaram ações relacionadas à identificação e caracterização de enzimas oriundas do rúmem de caprinos da raça moxotó, de solos da Amazônia e da própria planta para uso na quebra da parede celular da cana-de-açúcar.

Com o desenvolvimento destas tecnologias o Brasil poderá manter a posição de destaque na agroindústria canavieira mundial consolidando a posição de liderança na produção de etanol, enfatiza a pesquisadora da Embrapa Agroenergia, Betânia Quirino, coordenadora deste projeto.

Liderado pela Embrapa Agroenergia, com recursos do CNPq, o projeto conta com as parcerias da Embrapa Caprinos e Ovinos, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, das Universidades de Brasília (UnB), da Católica de Brasília (UCB), de São Paulo (USP), Federal do Paraná (UFPR), do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (RIDESA).

Daniela Garcia Collares

Embrapa Agroenergia

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