Resistência de "Aphis gossypii" a sulfoxaflor é reversível
Resultados reforçam a necessidade de estratégias integradas de manejo de resistência, como rotação de inseticidas
25.11.2024 | 15:08 (UTC -3)
Revista Cultivar
Foto: Jorge B. Torres
Pesquisadores identificaram aumento da resistência de Aphis gossypii ao pesticida sulfoxaflor. Embora eficaz contra populações resistentes a outros produtos, o uso intensivo desse inseticida provocou resistência em várias regiões da China. No entanto, estudo aponta que a resistência não é permanente e pode ser revertida em condições controladas.
Principais Descobertas
Resistência instável: após 22 gerações sem exposição ao sulfoxaflor, a resistência de Aphis gossypii reduziu de 51,57 vezes em relação à cepa suscetível para 1,11 vezes. Essa reversão sugere que a retirada temporária do pesticida pode restaurar sua eficácia.
Redução na aptidão biológica: apesar da reversão da resistência, os pulgões anteriormente resistentes demonstraram redução na aptidão biológica, incluindo menor longevidade, fecundidade e eficiência reprodutiva. Essa desvantagem competitiva é um custo associado à resistência, indicando que a reversão não restaura integralmente os parâmetros biológicos normais.
Comportamento alimentar alterado: os pulgões resistentes apresentaram maior dificuldade em acessar os nutrientes do floema das plantas, essencial para seu crescimento. A habilidade reduzida de alimentar-se eficientemente pode explicar a diminuição da aptidão.
Impactos subletais do sulfoxaflor: em concentrações subletais, o sulfoxaflor teve efeitos negativos na alimentação de cepas suscetíveis, reduzindo significativamente a duração de ingestão no floema. Porém, as cepas resistentes e parcialmente revertidas (Sul-R e Sul-D) não foram afetadas da mesma forma.
Conforme os cientistas, esses resultados reforçam a necessidade de estratégias integradas de manejo de resistência, como rotação de inseticidas e redução de aplicações indiscriminadas. Essas práticas podem prolongar a eficácia de compostos como o sulfoxaflor e minimizar os impactos econômicos e ecológicos do controle químico excessivo.
Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.3390/insects15120920
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