Exportações do agronegócio brasileiro somam US$ 9,13 bi em junho
De acordo com informações do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), o Sphenophorus levis atingiu 150 municípios em 2014 entre os estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e, principalmente, São Paulo, responsável por 54,6% da participação da safra. Segundo levantamento da consultoria Datagro Alta Performance, a praga está presente em mais de 60% dos canaviais do noroeste paulista. “Ensaios conduzidos pelo CTC demonstraram em parcelas experimentais que a cada 1% de colmos infestados, as perdas variam de 0,55% a 2,08% na produção agrícola e 1,63% a 13,34% na margem de contribuição no sistema agroindustrial”, afirma Aline Zavaglia, pesquisadora da instituição.
“Por isso a atenção em 2015 deve ser redobrada, o sphenopherous tende a se propagar ainda mais”, diz Antônio César Azenha, gerente Sênior de Marketing do negócio agrícola da BASF. Isso deve acontecer em função da diminuição de investimentos em tecnologias que o cultivo vem enfrentando, tendo em vista o panorama econômico do País associado às dificuldades que atingem o setor sucroenergético há pelo menos sete anos”, complementa Azenha. Para o executivo, no entanto, há uma luz no fim do túnel desde que tecnologias com boa relação custo benefício sejam adotadas e os produtores percebam o valor agregado.
A partir deste mês, a BASF - além de reforçar as recomedações para o manejo adequado de pragas durante encontros técnicos com os produtores de cana-de-açúcar, realizará em julho um “Dia de Campo” específico para demonstrar os benefícios do inseticida Regent Duo, único no mercado de dupla ação para auxiliar no controle do Sphenophorus. “O produto apresenta efeito de choque e residual (DUO), isto é, controla adultos imediatamente e ainda ofere residual sobre as larvas por mais tempo, eliminando os insetos antes de seu desenvolvimento”, diz Carulina Borges de Oliveira, gerente de marketing para cana, amendoim e citrus da BASF.
“A propagação veloz do Shepnophorus se deu muito por conta da plantação contínua de cana-de-açúcar ao invés de mudas. Isso aconteceu devido a grande expansão do setor e a correria em se plantar cana, muitas vezes já contaminadas. Consequentemente, a multiplicação do bicudo de cana e a queda de produtividade foram inevitáveis”, comenta Paulo Roberto Artiolli, diretor agrícola da Tecnocana.
Na Tecnocana, parceira do Grupo Zilor, localizada em Macatuba - próximo a Bauru (SP) – e que cultiva cerca de 13 mil hectares de cana e produz anualmente 750 mil toneladas – foi detectado em 2013 grande queda de produtividade decorrente do aparecimento do Sphenophorus. Desde então, a empresa deu início a um trabalho mais minucioso para combater a praga por meio de controles mecânico (rotação de culturas) e químico (no plantio e cana soca).
Para Artiolli, o uso de Regent Duo contribui nessa batalha contra o bicudo de cana tem demonstrado muita eficiência: “Residual de 200 dias, segurança maior para dar continuidade na produção, melhor relação custo x benefício (margem muito boa devida à baixa infestação) e evolução (análises técnicas comprovaram redução de 18% de 2013 para 2% em 2014 de tocos atacados)”, executivo o produtor.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura