Projeto paisagístico da Embrapa Meio Ambiente inclui árvores frutíferas e nativas

12.12.2011 | 21:59 (UTC -3)
Cristina Tordin

Será implantado na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) um projeto paisagístico desenvolvido por Luis Guilherme Doring, engenheiro agrônomo da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - USP, sob a orientação da Professora Ana Maria Liner Pereira Lima, especialista em paisagismo.

O projeto, de baixo custo e com pouca necessidade de manutenção, contempla o acesso principal à área, um bosque e anfiteatro. Serão usadas plantas nativas, ornamentais e frutíferas, da Mata Atlântica, da Amazônica e do Cerrado.

Conforme Wagner Bettiol, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e um dos idealizadores do projeto, a implantação será gradativa, uma vez que algumas das espécies precisam da sombra de outras para crescer. “E o mais importante, não será tirada nenhuma árvore, enfatiza Bettiol. Elas foram integradas ao novo projeto”. O pesquisador também ressalta a alta capacidade e criatividade da Ana Maria e do Guilherme.

Serão priorizadas espécies que irão atrair uma grande variedade de fauna silvestre, além de pássaros e abelhas diferentes dos que já habitam a Unidade. Além disso, a seleção das plantas, bem como a distribuição na área, foi realizada no sentido de termos flores durante o ano todo na área contemplada pelo projeto.

O projeto, que não custou nada a Embrapa, envolverá todos os funcionários na sua implantação. Cada empregado será convidado a adotar uma árvore, realizando desde o plantio, até cuidar dela e acompanhar o seu crescimento. “Depois, com certeza iremos usufruir o bem que uma árvore faz e o nosso Centro apresentará um visual e um clima mais relacionado com o seu nome”, acredita o pesquisador.

A função da paisagem não é somente estética e desta forma, também foram exploradas o isolamento acústico, já que o Auditório não “escapa” do barulho vindo da rodovia. Além disso, haverá sombreamento para o estacionamento. Nessa área serão plantadas frutíferas e espécies nativas locais e em risco de extinção, como o mogno, pau brasil e palmeira Jussara. Para o Auditório Paulo Kitamura, foi projetado um sistema de integração com o verde externo, o qual vai ganhar muitas plantas em toda a sua extensão.

Nas laterais do acesso principal serão utilizadas espécies arbóreas com florescimento em épocas diversas, garantindo assim uma paisagem diferente ao longo do ano. Palmeiras de várias espécies serão utilizadas, sendo a principal - eleita como símbolo do projeto - a macaúba, nativa da região.

Para evitar conflito com a tubulação da Petrobras serão feitos canteiros com lírio amarelo e capim do Texas, plantas com alto apelo ornamental, com baixa manutenção e com raízes não profundas.

Para aproveitar o declive existente paralelo à via e à área do bosque, serão colocadas primaveras e jasmins perfumados na parte mais alta, dando o aspecto de plantas pendentes e servindo de moldura para diversas palmeiras, costelas de Adão e íris brasileira.

No bosque, próximo à área das bandeiras, será construído um deck de madeira, com o formato do logo da Embrapa. No lado oposto, será construído um lago, com peixes ornamentais e plantas aquáticas.

Além disso, perto da recepção da administração, onde os ônibus param, será instalado um bosque de frutíferas com plantas brasileiras como jabuticaba, pequi, murici, cacau, cambuci, entre outras. O objetivo é que além de atrair a fauna regional, também será um local de convívio social e visita às espécies mais curiosas.

Nos primeiros dias de 2012 serão convidados todos os funcionários para conhecerem os detalhes do projeto e para a escolha das primeiras árvores a serem plantadas, pois nesse período o solo está úmido e o pegamento das mudas é alto. Bettiol tentará ganhar as mudas necessárias junto aos produtores de mudas, mas outras deverão ser adquiridas no mercado.

Divulgação

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