Projeto Biomas no Pampa reúne técnicos e universidades em Bagé/RS

24.09.2012 | 20:59 (UTC -3)

O município de Bagé foi sede para a reunião técnica, realizada nos dias 17,18 e 19 de setembro, em que ocorreu a apresentação do projeto e o planejamento das ações que serão desenvolvidas no Pampa, além da formação da rede de pesquisadores do bioma. Na abertura do encontro o Chefe Geral da Embrapa Pecuária Sul, Alexandre Varella, falou da importância do projeto para gerar riquezas e, ao mesmo tempo, conservar os sistemas campestres. “O primeiro impacto foi a presença maciça das instituições convidadas, isso dá força para o trabalho que estamos planejando”, complementou Varella.

O projeto propõe modelos inovadores de produção envolvendo o plantio de árvores nas propriedades rurais. “Este encontro será para a apresentação da estratégia de ações para construir as temáticas de pesquisa que serão desenvolvidas no Pampa”, explicou o pesquisador da Embrapa Florestas e coordenador nacional do projeto, Gustavo Curcio. No bioma Pampa, as atividades serão coordenadas pelo pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Leandro Volk. Em cada um dos seis biomas, no mínimo, uma propriedade foi escolhida para realizar as pesquisas, sendo eleita no Pampa, a estância Guatambu, de propriedade de Valter Pöter. “Uma coisa que me chamou a atenção é a multidisciplinaridade do projeto, com a participação de universidades, entidades de classe, empresas privadas e produtor rural”, afirma Valter Pötter.

A reunião também contou com a presença dos representantes dos biomas Cerrado, Caatinga e Amazônia. “Essa troca de informações é crucial para que todos vejam as dificuldades e não repitam os mesmos erros”, diz o Tony Jarbas, coordenador regional do projeto no Bioma Caatinga. “Pode não parecer, mas os seis biomas têm problemas em comum. Alguns são mais estruturados e outros menos”, complementa Rosana Maneschy, coordenadora do projeto na Amazônia. “Eu não tinha ideia do volume desse projeto. A pesquisa científica vai contribuir muito para os indicadores de qualidade ambiental. E, tendo em vista o modelo econômico implantado na região, que é a silvicultura, esse projeto é positivo em todos os sentidos: ambiental, social e econômico”, explica Felipe Amaral, ecólogo, representante da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul.

“Eu vejo esse projeto como uma oportunidade histórica. É uma forma de abrir os olhos da sociedade. Componente arbóreo não precisa ser monocultura, pode ser, sim, um fator para diversificação da propriedade, até mesmo aqui no Pampa, onde a formação inicial é campestre”, coloca a Dra. Ana Paula Rovedder, da Universidade Federal de Santa Maria. “A agricultura pede respostas e esse projeto traz boas perspectivas”, finaliza a vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos Dra. Jussara Cruz.

Também participaram do encontro representantes da Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Unipampa, IFSul, Emater, Embrapa Uva e Vinho, Embrapa Clima Temperado, Embrapa Trigo, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e Farsul.

Embrapa Pecuária Sul

Assessoria de Comunicação Digital do Sistema CNA/SENAR

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