Produtores rurais apoiam programa de Boas Práticas Agropecuárias em Goiás

19.04.2013 | 20:59 (UTC -3)
Rhudy Crysthian

Representantes da Secretaria de Assuntos Estratégicos da presidência da república e da Comissão de Pecuária de Corte da Faeg estiveram reunidos nesta última quinta-feira (18), para tratar de estratégias e referendar a proposta de implantação do programa de Boas Práticas Agropecuária na cadeia de bovinocultura de corte em Goiás.

Os detalhes da proposta sugerem uma nova política agrícola que será implantado em cinco estados pilotos, entre eles Goiás. Trata-se de um conjunto de normas e de procedimentos a serem observados pelos produtores rurais, que além de tornar os sistemas de produção mais rentáveis e competitivos, asseguram também a oferta de alimentos seguros, oriundos de sistemas de produção sustentáveis.

O programa será uma espécie de certificação de que o produtor é cumpridor das normas sociais, ambientais e econômicas relacionadas à sua atividade. Controle sanitário, manejo reprodutivo, gestão ambiental e de recursos humanos e instalações rurais estão entre os critérios analisados.

“A ideia é estimular a implantação do BPA com capacitação e assistência técnica e com a disponibilização de crédito um pouco mais barato, como ferramenta vinculada à oferta de melhores condições tecnológicas, para que o produtor rural possa se adequar ao protocolo de Boas Práticas Agropecuárias”, explicou Arnaldo Carneiro, representante da Secretaria.

Entre as ações contempladas pela política estão o desenvolvimento de linhas de financiamento com ênfase na gestão territorial agrícola, a melhoria do acesso ao crédito e, ao mesmo tempo, a transformação do financiamento em um instrumento de indução de inovações tecnológicas e de boas práticas agropecuárias.

Entretanto, produtores reclamaram das dificuldades de acesso ao crédito e problemas com limites de tomada desse crédito disponível. De acordo com o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Faeg, José Manoel Caixeta, a rentabilidade da pecuária é menor, se comparada a outras atividades. Ele defende a revisão de alguns prazos de carência e taxas de juros ainda menores. “Enquanto o ciclo da soja se completa em 105 dias o boi gasta 912 dias para ir ao abate”, disse.

Mesmo assim, produtores representados por 16 regiões e outras duas entidades representativas de associação de criadores e confinadores apoiaram a implantação do programa no Estado que será estruturado em parceria com o Senar Goiás, Faeg e outras entidades no Estado.

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