Produtores montam Comitê da Crise Rural

13.11.2008 | 21:59 (UTC -3)

Representantes do setor agrícola de Mato Grosso criaram o Comitê da Crise Rural com o objetivo de tratar a questão das renegociações das dívidas com imposições junto ao governo federal e em outras instâncias, de maneira mais incisiva. A decisão foi tomada após assembléia de produtores e dirigentes de entidades rurais realizada no sábado (15/11) no Sindicato Rural de Rondonópolis. O comitê se reúne novamente nesta segunda-feira (16/11), na sede da Famato, em Cuiabá, para implementar as ações deliberadas no encontro de sábado.

A falta de peso político do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na tomada de decisões para a solução dos problemas já incomoda o setor e foi um dos assuntos da pauta da assembléia. O ministro Reinhold Stephanes se mostra sensível à questão, mas não tem conseguido convencer o Ministério da Fazenda e a Casa Civil sobre a profundidade da crise. A assembléia apontou a necessidade de envidar esforços, por meio da bancada federal mato-grossense e governo do estado, para o fortalecimento da pasta agrícola, com a substituição do ministro se necessária.

Para agilizar as demandas junto à União, o deputado federal Wellington Fagundes, presente na reunião, propôs uma aproximação urgente com o presidente do Banco Central, Francisco Meireles, e o deputado federal, Antonio Palocci (ex-ministro da Fazenda), que detém um considerável peso político junto à área econômica do governo.

O presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis e diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Ricardo Tomczyk, defende ainda a continuidade de negociações com o governo federal auxiliado pelo governo do estado. “O governo é parte integrante do problema e deverá ter um peso específico na solução”.

A expectativa é que na próxima terça-feira (18.11), o Conselho Monetário Nacional (CMN) decida pela manutenção das operações de investimentos vencidas em posição de adimplência até o final de dezembro deste ano. Nesse meio tempo, o setor espera que o governo federal encontre uma fórmula para a prorrogação do pagamento das parcelas para 2009.

Fonte: Assessoria Sindicato Rural de Rondonópolis com Ascom Aprosoja/MT

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