Mudanças na direção do Grupo Agroceres
Quando o agrônomo recém formado Ruben Dario Lopes de Almeida começou a produzir arroz irrigado em uma lavoura de 30 hectares em Rio Pardo (RS), há quase meio século, um safrista levava duas semanas para conseguir cortar cerca de dois hectares. No início dos anos 1980, ele comprou sua primeira colheitadeira Massey Ferguson, uma MF 3640, substituída em 2000 por uma MF 5650.
Atualmente a Fazenda do Arroito, a 35 quilômetros do centro de Rio Pardo (RS), está com 440 hectares e duas barragens, uma própria e a outra consorciada com parentes. A lavoura, irrigada por gravidade, ocupa metade da área, o resto da terra permanece em pousio para a próxima safra.
Um dos desafios enfrentados pelo produtor de arroz irrigado Ruben de Almeida, 72 anos. são as reduzidas janelas agronômicas em função das chuvas excessivas que assolam a Depressão Central do Rio Grande do Sul, principalmente em anos de El Niño, e impedem o plantio no período adequado.
A época de plantar na região recomendada pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) vai de 20 de outubro a 10 de novembro. As chuvas trazidas pelo El Niño, como em 2009, beneficiam a maioria das lavouras de grãos da Região Sul, mas muitas vezes estendem o plantio de arroz até dezembro e a colheita até abril. Este calendário alterado pelo clima impede que a lavoura arrozeira alcance todo seu potencial.
Rapidez e eficiência
Para reduzir as perdas, o plantio e a colheita devem ocorrer com a maior rapidez e eficiência possíveis. As máquinas agrícolas fazem toda a diferença. “Eu proporciono curso de operação e manutenção para os meus operadores e só utilizo equipamentos Massey Ferguson, que tem a melhor assistência técnica da região. E não é de hoje”, relata Ruben de Almeida, cliente da concessionária Samaq.
Um MF 85X foi seu primeiro trator Massey Ferguson, comprado no início dos anos 1970. Desde então, Ruben Dario Lopes de Almeida só utiliza equipamentos da marca. O trabalho pesado na lavoura de arroz irrigado, como preparo do solo, conservação das barragens e recuperação dos taludes, é feito hoje com três MF 297. Para os serviços leves, ele tem um MF 265. Até a safra passada, colhia com a MF 5650.
Durante a Expointer 2009, a máquina comprada em 2000 foi incluída na negociação de uma MF 5650 SR, nova versão arrozeira desenvolvida pela Massey Ferguson com sistema de separação por rotor. “Em função das variedades mais produtivas lançadas nos últimos anos, sentimos a necessidade de uma colheitadeira mais eficiente”, informa seu filho Ricardo Lopes de Almeida, 40 anos, Supervisor Regional do SENAR-RS.
Da foice à colheitadeira
“Soube do lançamento da MF 5650 SR na véspera da Expointer. Durante a feira, analisamos a máquina e fechamos negócio. Com o duplo rotor e a plataforma maior, ela produz mais. Compramos a máquina com Infovision para os operadores tomarem contato com a eletrônica embarcada”, explica o Engenheiro Agrícola Ricardo Lopes de Almeida, que ajuda o pai a aumentar a eficiência da Fazenda do Arroito.
O produtor rural Ruben Dario Lopes de Almeida acompanha o avanço tecnológico do campo há 50 anos. Em 1960, um ano depois de concluir o curso de Agronomia em Porto Alegre (RS), ele começou a administrar a fazenda da família em Rio Pardo (RS). Com a morte do seu pai, Daly Lopes de Almeida, dois anos depois, passou a se dedicar menos à pecuária de corte e apostar mais no arroz irrigado.
“Eu só tinha um trator Deutz de 75 hp que herdei do meu pai. As taipas da lavoura eram feitas com pá, o plantio era a lanço, com a mão, e o corte das plantas tinha que ser feito à foice. Para trazer a trilhadeira, a gente usava uma carreta de boi. Mas como a demanda era maior que a oferta, dava dinheiro”, recorda o produtor de arroz que conta agora com a colheitadeira arrozeira mais eficiente do mercado.
Sistema de separação por duplo rotor
A nova MF 5650 SR desenvolvida pela Massey Ferguson para as lavouras de arroz irrigado apresenta maior capacidade de colheita em função do seu sistema híbrido de trilha e separação. Os grãos são separados da palha por dois rotores, o que proporciona uma velocidade mais alta do que as obtidas pelas colheitadeiras com saca-palhas. Outra vantagem é a alimentação mais rápida e uniforme da nova plataforma de corte rígida.
O tubo de descarga, com vazão de 55 l/s, também aumenta a rapidez do trabalho e permite descarregar em qualquer posição, inclusive em operação, o que proporciona maior rendimento operacional na lavoura. A MF 5650 SR possui versões 4x2 e 4x4 com semiesteira e versão 4x4 com rodagem dupla, oferecendo versatilidade de operação e excelente desempenho em terrenos irrigados.
É possível entrar mais cedo e sair mais tarde das lavouras. O conjunto de duplo rotor proporciona menor índice de perdas no campo, mais produto colhido por hora e aumento do número de horas diárias trabalhadas. A MF 5650 SR tem alta capacidade de tração, o menor peso na sua categoria e manutenção simples e rápida graças à facilidade de acesso ao novo sistema de separação, conjugado com a trilha tangencial.
Como a separação centrífuga, realizada pelos dois rotores, tem maior capacidade de separação, a MF 5650 SR apresenta um aumento significativo de rendimento. O principal diferencial da nova colheitadeira é a rapidez com que a palha do arroz é processada pelos rotores e conduzida para fora da máquina, trabalhando um maior volume de palha e permitindo que ela opere em velocidades mais altas.
O sistema de trilha com côncavo e cilindro de dentes de alta inércia reduz o consumo de combustível, vencendo eventuais sobrecargas sem potência extra do motor. O batedor traseiro da nova colheitadeira MF 5650 SR entrega o material debulhado aos rotores. Eles separam de modo eficiente os grãos que ainda estiverem entre a palha.
Com acesso fácil ao interior da máquina, a manutenção é extremamente rápida. A remoção dos seus componentes é simples, a maioria deles nem necessita de ferramentas. As peças que sofrem maior desgaste em função do contato intenso com os grãos, como as hélices na área de alimentação e os dedos postiços do rotor, são facilmente substituídas.
Separação por rotor
O sistema de trilha realiza a debulha e a separação primária dos grãos. Na MF 5650 SR (Separação por Rotor), a trilha é realizada com côncavo e cilindro de dentes de alta inércia, de forma tangencial. Após a trilha, o material é conduzido ao mecanismo de separação, composto pelo duplo rotor e grelhas, para a separação final.
Permanecem no corpo da nova versão arrozeira o sistema tangencial de trilha, o batedor traseiro e os sistemas de limpeza e de armazenagem. No lugar do saca-palhas estão os rotores. O material recebido na parte inicial é conduzido pelos rotores e grelhas. Aletas helicoidais conduzem a palha para fora da máquina.
Como o rotor da esquerda gira no sentido horário e o da direita no anti-horário, os grãos são uniformemente distribuídos sobre o alimentador e peneiras. As grelhas com ampla área de separação envolvem os rotores desde o alimentador até as peneiras. Na saída dos rotores, defletores levam a palha até o atirador, que a conduz eficazmente para fora.
Fonte: Revista Campo Aberto 97 da Massey Ferguson
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