Produtores discutem formas de otimizar o plantio de soja no Brasil

02.07.2010 | 20:59 (UTC -3)

Produto em franca expansão no mercado internacional, a soja é hoje uma das principais commodities brasileiras (o país é o segundo maior produtor mundial, atrás apenas dos Estados Unidos), cultivada do Rio Grande Sul ao Norte-Nordeste do Brasil. Além do uso na alimentação, é utilizada também na fabricação de ração para animais, biodiesel, tintas, entre outros.

Atentos ao papel da soja na modernização da agricultura, no mercado de commodities, na indústria e na transformação de produtos alimentares, os maiores produtores de soja do país se reuniram na última quinta-feira (1/6), em Salvador, BA, no 1° Clube da Soja FMC, para discutir as formas de otimizar o plantio de soja no Brasil.

“Em volume, a soja é a colheita mais internacionalmente comercializada e continua em expansão. É natural que para crescer a companhia tenha que aumentar o foco e participação nesse nicho.”, aponta Antonio Carlos Zem, diretor-presidente da FMC para a América Latina. “O crescimento do setor é tão expressivo que o desafio é acompanhar a demanda com aumento de produção. O momento é de discutir com os produtores qual o melhor caminho para crescer”, avalia.

Jim Matthews, economista da Fortis Clearing America, corretora de Chicago, que atua no mercado futuro de commodities em 25 países, e Gustavo Grobocopatel, presidente do Grupo Los Grobo, abriram os debates do dia e apresentaram o cenário mundial do comércio de soja.

“O futuro do mercado de soja da América Latina é promissor por conta de dois fatores. Os países latinos devem exportar cada vez mais para a China devido à estagnação na produção do grão no país asiático e crescente demanda, em função do consumo daquela que é a maior população do planeta, e também pelo fato do país investir em estocagem”, afirmou Matthews. Além disso, os Estados Unidos sofrerão significativa queda na produção de soja, e, consequentemente, nas exportações, devido ao El Niño. “O retorno desse fenômeno provocará forte seca na região, prejudicando as safras americanas. Um fator que certamente favorecerá o mercado latino”, completou.

De acordo com Gustavo Grobocopatel, os segredos para esse crescimento na América Latina são reduzir o custo por tonelada, aumentar a produtividade e investir em infraestrutura de transportes. “Esse investimento não é o do produtor e sim dos governos que devem otimizar o serviço nos portos, ferrovias e rodovias, a fim de minimizar custos e perdas”, sinalizou.

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