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O tomate é uma das culturas mais importante do Brasil, com uma produção anual estimada em 3 milhões de toneladas. A região Sudeste é a maior produtora do país, responsável por pouco mais de 47% do total produzido, sendo que o estado de São Paulo responde por 60% da produção total da região.
Graças à sua importância para a economia do país, o tomate é tema de diversos estudos que buscam melhorias no produto e também de soluções para as várias doenças, causadas por fungos, bactérias e vírus. Uma das enfermidades que requer grande atenção para o produtor de tomate é o Geminivírus, que é transmitido pela mosca branca (a mosca branca é a praga, o geminivírus a doença).
Nos últimos anos, o Brasil registrou casos do vírus em todos os estados onde existe cultivo do tomate, principalmente nas regiões mais quentes, como o Nordeste, Centro Oeste e Sudeste. "O Geminivírus é hoje a principal virose na cultura do tomate. Pode-se notar que a cada safra aumenta a infecção e agressividade da doença, principalmente em regiões nas quais anteriormente não havia problemas, como é o caso do Sudoeste Paulista", explica o engenheiro agrônomo Thiago Teodoro Alcântara, Coordenador de Culturas - Solanáceas da Agristar, empresa de sementes para hortifruticultura.
Os sintomas de geminivírus podem variar de acordo com o momento em que a planta foi infectada e a sua variedade, além dos fatores ambientais e da ocorrência de infecção mista, ou seja, presença de mais de uma espécie de vírus na planta.
O combate ao geminivírus é difícil, uma vez que o controle do vetor, a mosca branca, deve ser feito por meio do uso de produtos químicos. Porém, existe a possibilidade de surgimento de populações resistentes aos inseticidas aplicados. "Existem duas formas eficazes de controle da mosca branca e uma das mais utilizadas é o controle químico. Outra forma segura e bem eficaz é a utilização de variedades resistentes ao Geminivírus, que funcionam como um seguro ao produtor, dando a garantia de produção e evitando maiores perdas na lavoura, que podem atingir até 100%, dependendo da intensidade da infecção e agressividade da doença", acrescenta Thiago.
Os tomates híbridos são aqueles que surgem a partir do "cruzamento" de duas espécies diferentes e acabam herdando características dos dois tipos, o que proporciona maior resistência a algumas doenças e pragas que atingem os tomateiros. Algumas variedades desenvolvidas por meio deste método têm demonstrado resistência superior em relação ao geminivírus. "Alguns produtos já demonstram resistência à virose. A vantagem de utilizar os híbridos com resistência ao TY está relacionada com a quantidade de produto químico que será usado no combate à mosca branca, o que garante um fruto mais bonito e saudável", explica o engenheiro agrônomo.
Fonte: Attuale Comunicação – (11) 4022-6824
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