Agricultores familiares assistidos pela EBDA exportam guaraná orgânico para a Alemanha
Dois hectares de pessegueiros da propriedade de Adélio e Rogério Longo, em Pinto Bandeira, distrito de Bento Gonçalves, têm um diferencial significativo: uma proteção contra uma das principais pragas da cultura: a grafolita ou mariposa-oriental. O monitoramento para controle, com uso de feromônio sexual, foi uma das novidades apresentadas durante a Tarde de Campo sobre manejo do pessegueiro, realizada na quinta-feira (1º), pela Emater/RS-Ascar e Embrapa, em Pinto Bandeira.
Os feromônios, na forma de pasta ou em membrana plástica, fazem a comunicação sexual entre os insetos. Quando espalhados pelo pomar, os machos se confundem, não encontram as fêmeas para o acasalamento, não há ovos e a praga não prolifera. “O objetivo deste trabalho é introduzir o monitoramento com uso de feromônio e o emprego de novos produtos químicos alternativos aos inseticidas fosforados e piretróides, normalmente utilizados”, explica o pesquisador da Embrapa, Marcos Botton. Os feromônios têm duração de 90 ou 180 dias e são aplicados no início da brotação, logo após a poda, e durante toda a safra, para saber os picos populacionais do inseto. Na propriedade da família Longo, nenhuma aplicação de inseticida para a grafolita foi necessária neste ano. “As vantagens do uso do feromônio são diversas. Em relação ao consumidor, não deixa resíduos no produto final; para o ambiente, é um produto natural, produzido pelos próprios insetos; e para o produtor, não é tóxico”, conclui o pesquisador.
A Tarde de Campo também apresentou aos produtores e técnicos participantes o manejo de plantas de cobertura de solo e o monitoramento e controle da mosca-das-frutas.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura