Produtores licenciados contam experiências com a BRS Sinuelo CL
Apesar dos efeitos da seca que assolou o Noroeste gaúcho por oito meses, os sete hectares com mandioca do agricultor Jacó Damke, na localidade de Vila Santa Catarina, interior de Salvador das Missões, atingiram produtividade acima da expectativa.
A partir de amostragem realizada pela Emater/RS-Ascar na área, constatou-se que a média de produtividade da variedade cascuda foi de 16,9 toneladas por hectare, superando as expectativas para este ano, em função do fator estiagem. “No ano passado, a média da lavoura ficou em mais ou menos 25 toneladas por hectare, sendo que em certas áreas chegou a 29 toneladas por hectare”, contou o produtor.
O cultivar, apesar de sua boa produtividade, é mais recomendado para a indústria, por ser um pouco mais amargo que as demais variedades de mesa. Toda a produção dos Damke é destinada à agroindústria familiar de polvilho azedo. O empreendimento da família processou, em 2011, em torno de 650 toneladas de mandioca, que resultaram em aproximadamente 130 mil quilos de polvilho azedo.
“Se fizermos uma comparação com a cultura da soja, com preço praticado em torno de R$ 59,00, a renda seria equivalente a mais de 60 sacas por hectare, sendo o preço do quilo de mandioca, R$ 0,22. Em vários municípios da região, não foram alcançados nem 10% desta produção, devido à estiagem. Comparando ainda os valores com a safra 2011, onde a produção passou de 25 toneladas por hectare, com um preço médio de R$ 0,20 por quilo, o faturamento bruto passou de 120 sacas por hectare, sabendo-se que o preço da soja era inferior, em torno de R$ 41,00”, destaca o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Niomar Luis Szulc.
Com o emprego de tratos culturais específicos e tecnologia, a cultura da mandioca pode atingir entre 40 e 50 toneladas no Estado, tornando-se uma alternativa de renda, com finalidade de alimentação, ou ainda, como matéria prima para a indústria de etanol.
Devido às fortes geadas ocorridas no mês de junho, o produtor optou por encomendar no mês de julho ramas com atestado de sanidade, da variedade baianinha (recomendada para consumo de mesa), provenientes da região de Marechal Candido Rondon e Guaíra, no Paraná.
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