Produtor de arroz reduz custos após instalação de pivô de irrigação

O pivô central, com as vantagens relativas à eficiência na mão de obra, no uso de recursos e nos resultados positivos, vem se mostrando uma ferramenta mais que útil para contribuir na produção

09.10.2019 | 20:59 (UTC -3)
Breno Cordeiro

De Norte a Sul, em todos os Estados do Brasil, é difícil encontrar uma família que não inclua o arroz no cardápio. Para manter o país bem abastecido deste alimento tão importante e tão representativo da culinária nacional, contamos com os produtores que se esforçam todos os dias para levar o cereal para as mesas de praticamente todos os brasileiros.

Com essa missão, vem uma dose alta de responsabilidade e a demanda sempre elevada significa que quem planta precisa ser capaz de manter uma produtividade igualmente alta.

Em um mercado cada vez mais exigente e competitivo, como é possível atender ao desafio? Tipicamente, um campo inundado, com água por toda a parte, é uma imagem comum quando se imagina uma lavoura de arroz. Afinal, a irrigação é fundamental, já que o cereal necessita de grandes quantidades de água para proliferar.

No entanto, a inundação não é a única forma viável para o plantio do arroz. E nem é, de longe, a mais rentável e eficiente. O pivô central, com as vantagens relativas à eficiência na mão de obra, no uso de recursos e nos resultados positivos, vem se mostrando uma ferramenta mais que útil para contribuir na produção.

Em Itaqui, no Rio Grande do Sul, o produtor Bernardo Alvarez, da Capiati Agropecuária, dedica-se à lavoura de arroz inundado desde o início da década de 70. Depois de décadas investindo nessa forma de irrigação, ele decidiu inovar e, em 2005, passou a apostar no pivô para abastecer o seu campo com a água necessária. Já na etapa do planejamento, o pivô já revelou diferenças positivas no sistema de produção.

“Com o pivô, temos a garantia de que a água será aplicada no momento mais adequado e temos o controle preciso para distribuir a irrigação ao longo de todo o ano. Seja qual for a lavoura, incluindo o arroz, é fácil de executar e, também, de fiscalizar”, comenta Bernardo.

Na propriedade da Capiati, o terreno conta com 467 hectares irrigados, todos eles atendidos por seis pivôs centrais, cinco da Valley. A troca do regime inundado pelo pivô marcou um momento significativo na história da empresa, já que os resultados vêm surpreendendo nos quase 15 anos desde que os equipamentos foram instalados.

“Foi surpreendente perceber que a produtividade que alcançamos debaixo do pivô é exatamente a mesma que registrávamos com o arroz inundado. Na última safra, chegamos aos 9 mil kg por hectare, uma produtividade expressiva. Levando em consideração a facilidade do uso do pivô em comparação com outros sistemas, foi um resultado muito agradável”, conta.

Mas, a verdadeira surpresa veio na hora de calcular os custos do sistema de irrigação. “As despesas com a irrigação caíram pela metade em relação à inundação. Sendo assim, já que não existe diferença na rentabilidade, fica muito claro que o pivô é a melhor solução. É uma ferramenta muito boa, não tem como dar errado”, comemora o produtor.

Além de contribuir de forma evidente para o sucesso do empreendimento, o pivô também veio responder às demandas de um mercado cada vez mais movimentado. “Foi necessário mudar o nosso rumo, senão, sairíamos do mercado. É preciso perceber que o mercado está pedindo essa mudança. A forma antiga de produzir não é mais viável economicamente, e o produtor precisa se adaptar a essa realidade”, avalia Bernardo. 


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