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O avanço na produção de tomates no Brasil é impulsionado, entre outros fatores, pelo constante combate a pragas, como a mosca-branca (Bemisia tabaci, saiba mais aqui), que afeta diretamente a produtividade e a qualidade dos frutos. O país alcançou 4,7 milhões de toneladas em 2024, crescimento de 19,2% em comparação com o ano anterior.
Segundo Fábio Kagi, gerente de Assuntos Regulatórios do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), o controle das pragas exige investimentos constantes.
"As lavouras exigem esforços substanciais para garantir a qualidade e a produtividade. A mosca-branca é uma ameaça significativa, pois pode comprometer toda a colheita", afirmou Kagi.
A mosca-branca alimenta-se da seiva dos tomates, causando danos diretos que afetam a colheita. Infestações graves podem levar à morte das plantas ou à redução da qualidade dos frutos.
Além dos danos diretos causados pela sucção da seiva, a mosca-branca libera toxinas que prejudicam o amadurecimento dos tomates, tornando-os irregulares. A excreção de substâncias açucaradas pelos insetos favorece o crescimento de fumagina, um fungo que dificulta a fotossíntese, comprometendo ainda mais a qualidade da produção. A praga também é transmissora de vírus que provocam doenças como o nanismo e o amarelecimento das folhas, prejudicando o desenvolvimento das plantas.
Para enfrentar esses desafios, Kagi destaca a importância do manejo integrado de pragas. A prática envolve o monitoramento contínuo das lavouras, a rotação de culturas e o uso responsável de defensivos agrícolas.
"Com o acompanhamento técnico adequado, é possível controlar a população de mosca-branca e minimizar os danos, garantindo a sustentabilidade da produção", explicou. O gerente ainda alertou para a necessidade de observar rigorosamente o intervalo de segurança na aplicação de produtos, especialmente quando os frutos já estão presentes na planta.
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