Produção de receptoras zebuínas é opção promissora de mercado para criadores de Brahman

07.04.2011 | 20:59 (UTC -3)

Um novo e promissor mercado começa a se abrir para os criadores de Brahman, mostrando-se extremamente aquecido e com boas possibilidades de lucro nos próximos anos. Trata-se da produção de receptoras zebuínas, com a finalidade de atender a exigência do Conselho Deliberativo Técnico da ABCZ, que obrigará, a partir de 2014, os criadores de zebu de todo o Brasil a utilizar receptoras zebuínas nos processos de FIV e TE no manejo reprodutivo de seus animais.

 

Através da exigência, poderão ser produzidas para utilização receptoras com genética zebuína nos processos de TE e FIV, de categorias como: fêmeas PO com RGN de qualquer raça zebuína; fêmeas LA com RGD de fundação ou com RGN LA de qualquer raça zebuína, fêmeas CCG, que tenham 100% de genética zebuína e também fêmeas cruzadas, sem controle, mas que forem classificadas como sendo 100% zebuínas.

 

“Na média das raças zebuínas de corte, entre os anos de 2003 e 2010, a raça Brahman foi a que mais cresceu no número de receptoras utilizadas para transplante de embriões de TE e FIV. Levando-se em consideração o número médio de transferência de embriões que está ocorrendo na raça Brahman, em 2014, precisaremos de aproximadamente 46.500 receptoras anuais para atender somente a raça Brahman. Para produzirmos essas receptoras serão necessárias pelo menos 87.200 matrizes, que necessitarão de 2.905 touros ou 174.318 doses de sêmen para gestarem estes produtos”, comenta o coordenador técnico da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), Fabio Miziara.

 

Fabio lembra que se levado em conta o atendimento da demanda somente das raças nelore e nelore mocho será necessário 522.500 receptoras. Para se produzir essas receptoras zebuínas será necessário 979.543 matrizes, que deverão ser concebidas por 32.641 touros ou 1.959.086 doses de sêmen. Somando a demanda das três principais raças zebuínas de corte (brahman, nelore e nelore mocho) a demanda média estimada é de 598.908 receptoras por ano, onde será preciso 1.066.702 matrizes zebuínas para produzirem estas receptoras e para serem concebidas haverá a necessidade 32.651 touros ou 1.959.086 doses de sêmen. “A raça zebuína que tiver maior habilidade materna, precocidade sexual, temperamento dócil, maior cavidade pélvica (vinculada a facilidade de parto) será a que irá se destacar mais. O Brahman dentre os zebuínos é o único que possui esse pacote necessário e completo para oferecer”, conclui Lydio Cosac de Faria, diretor executivo da ACBB.

 

Características na quais os animais Brahman se destacam:

 

Eficiência reprodutiva: a meta de todo criador é obter um bezerro de bom peso todos os anos de cada uma de suas vacas. O bom comportamento reprodutivo de uma vaca é o melhor indicador de sua adaptação ao meio ambiente. Mais de uma vez foi comprovado que o gado Brahman se destaca quando se trata de eficiência reprodutiva nas regiões tropicais e subtropicais do mundo.

 

Habilidade Materna: as vacas Brahman têm o instinto materno mais forte que outras raças. São famosas por proteger sua cria do perigo e estão muito bem adaptadas a regiões de pastoreio extensivo. As vacas Brahman apresentam uma baixa incidência de partos difíceis. Isto se deve a grande amplitude pélvica das fêmeas e ainda pelo fato dos bezerros serem leves no nascimento, o que faz a combinação perfeita para as regiões onde as condições de manejo são mínimas.

 

Produção de Leite: os estudos científicos têm demonstrado que uma vaca Brahman na média produz entre 22% a 44% mais leite que as vacas de raças europeias de carne.

 

Precocidade: seja a sexual ou a de acabamento dão ao Brahman a possibilidade de intervir positivamente favorecendo uma pecuária de ciclo mais curto.

 

Docilidade: é imprescindível pensar nessa característica porque ela contribui muito no aumento da qualidade (taxa de concepção) e facilidade no manejo diário do rebanho.

 

Laura Pimenta

Assessoria de Imprensa da ACBB

(34) 3336-7326

imprensa@brahman.com.br

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