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Consumido in natura ou enlatado, o milho verde pode em breve ganhar uma nova forma para ser utilizado na alimentação humana. Pesquisa realizada pela aluna do curso de Engenharia de Alimentos da FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba), Francesca Magnabosco Lobato, propõe a transformação do milho verde doce em uma farinha, onde se concentra boa parte dos nutrientes do alimento original, tais como açúcares, proteínas e ainda substâncias responsáveis por aroma e sabor.
A transformação do milho verde doce em farinha seria uma alternativa a mais no rol dos chamados alimentos funcionais, graças aos benefícios para a saúde humana, relacionados com fibras, caroteno e ácidos graxos. “Seria uma boa alternativa também para fatores que inibem o maior consumo de milho verde em nosso país, como por exemplo, os altos custos com transporte e a reduzida vida útil do produto após a colheita”, explica o coordenador do curso de Engenharia de Alimentos, Weskley Cotrim.
Além de ampliar a vida útil do milho verde e tornar o transporte mais viável, a farinha produzida a partir do milho verde doce desidratado seria uma nova opção de produto no mercado, uma vez que a única farinha de milho existente no mercado é a farinha obtida de milho em estado de maturação acentuada.
A pesquisa desenvolvida pela aluna, com coordenação do professor José Roberto Delalibera Finzer, intitulado “Desidratação Osmótica de milho verde doce para produção de farinha”, foi um dos trabalhos do curso de Engenharia de Alimentos da FAZU selecionados para serem apresentados durante o XV ENEEALI (Encontro Nacional de estudantes de Engenharia de Alimentos), que está sendo realizado esta semana em Araxá/MG, sendo finalizado no próximo dia 26 de março. O trabalho foi desenvolvido com o apoio do Programa de Bolsa de Científica da Fazu (PIBIC), vigência 2008/2009.
Além deste, outros trabalhos produzidos por alunos do curso de Engenharia de Alimentos também foram selecionados para o encontro, demonstrando a relevância da pesquisa científica para os alunos da faculdade. Dentre os demais trabalhos que serão apresentados estão “Processamento e Análises Físico-química e Microbiológica de Hambúrgueres à Base de Resíduo de Soja “Okara”, desenvolvido pela aluna Camila Gomes Pereira dos Santos, do 9º período, orientada pela professora Daniela Peres Miguel, que avaliou amostras de hambúrgueres elaboradas com a utilização de diversas concentrações (20, 30 e 40%) de resíduo de soja “okara” como ingrediente principal, analisando as características físico-químicas e microbiológicas. O trabalho foi desenvolvido durante iniciação científica apoiada pela Fapemig, entre os meses de março de 2010 e fevereiro de 2011. “Esse produto pode ser utilizado em ações de programas sociais, como introdução em merendas escolares. A inclusão desse produto à base de soja no mercado também pode aumentar a linha de produtos funcionais disponíveis no mercado, devido ao seu valor nutricional e alto valor biológico, aproveitando o resíduo de soja "okara" que apresenta elevado conteúdo protéico e baixo custo”, explica a aluna.
Outro trabalho apresentado no evento, intitulado “Elaboração da carne bovina com aveia e avaliação de rendimento sensorial”, foi produzido pela aluna do 7º período, Thaísla Ribeiro Martins Teixeira, orientada pela professora Fernanda Barbosa Borges Jardim. “O trabalho destaca os benefícios da aveia no corpo humano, como descongestionamento de intestino, através do consumo de aveia adicionada em carne bovina. Procuramos desenvolver um produto seguro e de baixo custo para pessoas que tenham constipação relacionada com baixa ingestão de fibras e queiram conciliar boa alimentação com qualidade de vida. Além disso, foi feito comparações com diferentes porcentagens de aveia para verificar a aceitação por consumidores”, conta Thaísla.
Também será apresentado no encontro, o resultado do experimento “Determinação de Metanol em Bebidas Fermeto-Destiladas”, produzido por Thaísla Ribeiro Martins Teixeira, sob a orientação do professor Jorge Wilson da Silva Pereira. “O trabalho trata da determinação do metanol (composto secundário) que é produzido na fermentação da cana de açúcar (matéria-prima da cachaça), produto este, que causa danos sérios a saúde e até a morte de quem consome bebida alcoólica excessiva que tenha contaminação com metanol”, salienta Thaísla, lembrando que atualmente, o consumo de álcool aumentou significativamente no Brasil, seja entre os adolescentes ou adultos. “O consumo excessivo causa doenças e até a morte de indivíduo. Sendo assim, foi determinado o teor de metanol em algumas cachaças, provavelmente, mais consumidas na cidade, e acordo com a legislação todas estavam dentro do padrão”, conclui a estudante.
Laura Pimenta
Assessoria de Imprensa
Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU)
(34) 3318-4166
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