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A produção de briquetes a partir de resíduos agroflorestais e agroindustriais é uma alternativa energética que a Embrapa Agroenergia apresenta na 35ª Expointer 2012, que acontece em Esteio/RS, até o próximo domingo (2), com o tema “Rio Grande mais sustentável, economia mais forte”.
Os briquetes são produzidos por prensagem dos resíduos agrícolas, agroindústrias e florestais em uma máquina, chamada de briquetadeira. Os briquetes são chamados de lenha ecológica, pois são queimados em substituição à lenha, evitando, dessa forma o corte de árvores para uso em fornos e caldeiras. Outra forma de aproveitamento dos resíduos é a produção de péletes, que também são prensados, mas são menores do que os briquetes.
O visitante da 35ª Expointer pode ver na Casa de Tecnologias da Embrapa uma briquetadeira e amostras de briquetes produzidos a partir de várias biomassas como casca de arroz, bagaço e sementes de uva, bagaço de cana, serragem de pinus e de eucalipto, casca de babaçu e de café, resíduos de couro e de casca de amendoim.
“As tecnologias são alternativas que trazem benefícios sociais, econômicos e ambientais”, destaca José Dilcio Rocha, pesquisador da Embrapa Agroenergia. Diante dos preços altos dos combustíveis tradicionais, da crescente conscientização quanto à preservação ambiental e das dificuldades para obtenção de lenha, a produção e utilização de briquetes geram economia, comodidade, e rentabilidade. Dilcio salienta que o aproveitamento dos resíduos ajuda na renda dos produtores rurais e industriais, além de evitar que esses materiais sejam queimados a céu aberto, o que causa danos ao meio ambiente.
“Aqui no Rio Grande do Sul existem vários engenhos de arroz que poderiam utilizar a casca para produção do briquete e assim obter mais uma fonte de renda”, cita Dilcio. Outra matéria-prima que o pesquisador destaca para o Estado é a serragem proveniente das indústrias de base florestal.
Os briquetes podem ser utilizados em pizzarias, padarias, hotéis, olarias, laticínios, indústria de gesso, entre outras instalações comerciais e industriais que usam fornos. Além disso, dos briquetes pode ser feito carvão. De acordo com Rocha, as pizzarias são os estabelecimentos comerciais que mais utilizam esta lenha ecológica. “Embora usem pequenas quantidades em relação às indústrias, as pizzarias pagam melhor pelos briquetes”, diz. Já no setor industrial, os briquetes são usados como combustível de caldeiras.
Em relação aos péletes, Rocha afirma que a Europa e os Estados Unidos são grandes consumidores potenciais. Nestes locais, os péletes, são usados no aquecimento de ambientes e no fornecimento de água quente para o uso residencial e comercial.
Quem tiver mais interesse na produção de briquetes pode assistir a um vídeo e escutar um programa de rádio sobre a tecnologia no site da Embrapa Agroenergia (www.embrapa.br/cnpae). Tanto no vídeo quanto no áudio do rádio, o pesquisador José Dilcio Rocha explica os procedimentos a serem adotados para a produção dos briquetes.
Além dos briquetes e dos pellets, também estão sendo apresentadas, na Expointer 2012, tecnologias das unidades da Embrapa: Clima Temperado; Suínos e Aves; Uva e Vinho; Pecuária Sul; Trigo.
Na Casa de Tecnologias da Embrapa, no dia 29/08, às 15 horas, estão programadas assinaturas de contrato de parceira com a Fepagro e de protocolo de intenções com a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul. Neste mesmo dia, a Embrapa fará o lançamento da Malus Fresh – sidra elaborada pelo processo charmat â base de fermentado natural de maçã gala - e da abobora ornamental BRS Linda.
A Embrapa Agroenergia, além da apresentação dos briquetes, também participará do seminário “O biodiesel na agroenergia”, com palestra sobre o tema, que será ministrada por José Manuel Cabral, Chefe de Transferência de Tecnologia da Unidade. O evento acontece na quarta-feira, das 9h às 12h, no auditório do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado.
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