Processamento de cacau cresce mais de 12% em outubro

Apesar do aumento, o início da safra principal também foi marcado pela queda de 35% no recebimento de cacau nacional pela indústria moageira em relação a setembro

10.11.2021 | 14:09 (UTC -3)
AIPC
Apesar do aumento, o início da safra principal também foi marcado pela queda de 35% no recebimento de cacau nacional pela indústria moageira em relação a setembro. - Foto: Wenderson Araujo/CNA
Apesar do aumento, o início da safra principal também foi marcado pela queda de 35% no recebimento de cacau nacional pela indústria moageira em relação a setembro. - Foto: Wenderson Araujo/CNA

As empresas vinculadas à Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) moeram em outubro 20.062 toneladas de amêndoas, uma alta superior a 12% em relação às 17.889 toneladas industrializadas em setembro. Comparando com outubro de 2020 houve um aumento de 2,2% na moagem de cacau. Os dados foram compilados pelo SinDidados – Campos Consultores.

No entanto, no período que marca o início da safra principal de cacau no Brasil, o recebimento nacional caiu quase 35% referente ao mês anterior, passando de 20.879 toneladas para 13.669 toneladas. Esse cenário de redução de recebimento durante a safra principal já era esperado, ainda que o volume recebido neste mês continue melhor do que os volumes recebidos em 2020. Os produtores da Bahia entregaram neste mês 9.673 toneladas, representando pouco mais de 70% do recebimento total da indústria, já o Pará foi responsável por cerca de 25% do volume entregue, com 3.377 toneladas, enquanto Espírito Santo e Rondônia foram responsáveis pelo restante da entrega.

As exportações de derivados de cacau cresceram quase 15% em outubro deste ano, somando 4.395 toneladas, enquanto no mês passado os embarques foram de 3.754 toneladas. Os principais países compradores foram Argentina (51,21%), Chile (19,02%) e Estados Unidos (13,38%).

Acumulado do ano

Entre janeiro e outubro deste ano a moagem das indústrias somou 187.030 toneladas, uma alta de 6,2% em relação ao processamento de 176.098 toneladas no mesmo período do ano passado. O recebimento dos estados produtores cresceu 9,1%, evoluindo de 153.344 toneladas para 167.228 toneladas. Essa alta se deve principalmente pelo crescimento de 29% no recebimento durante a safra temporã, que teve início em maio e se encerrou em setembro. Embora a produção tenha crescido, no acumulado do ano, a diferença entre a entrega e a moagem é de 19,8 mil toneladas, fazendo com que em alguns períodos, as indústrias precisem recorrer à importação para atender aos contratos dos clientes externos.

Nos primeiro dez meses de 2021 a produção da Bahia foi de 118.294 toneladas, uma alta de 41% frente às 84.048 toneladas produzidas no ano passado; os produtores do Pará entregaram às indústrias no período 43.156 toneladas, uma queda de 33% em relação às 64.026 toneladas produzidas de janeiro a outubro do ano passado.

As exportações de derivados de cacau no mesmo período ficaram em 44.911 toneladas, um avanço de 11% em comparação às 40.465 toneladas vendidas ao exterior de janeiro a outubro de 2021.

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