Problemas com Mancha-marrom reduzem rentabilidade de produtores de tangerina

A região de Belo Vale, no estado de Minas Gerais, é fornecedora de boa parte da tangerina Ponkan consumida no Brasil. Com uma área de mais seis mil hectares de tangerina, Belo Vale atende o todo estado e ainda exporta para o nordeste do Brasil e os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Atualmente os produtores desta região estão sofrendo com problemas fitossanitários, que causam perdas na rentabilidade de suas propriedades. Entre as doenças que atacam os pés da fruta está a Mancha-marron-de-alternaria, ou somente Mancha-marrom, que ocorre geralmente depois de períodos chuvosos.

“A doença se instala na parte aérea das plantas, que perdem as folhas e têm seus frutos comprometidos por lesões em tons de marrom escuro, que comprometem a comercialização. Essa doença tem causado grandes perdas aos produtores de tangerina da região de Belo Vale”, afirma o Assistente Técnico da Divisão de Projetos, Frederico Gianasi Melo. Na tentativa de reduzir a incidência da doença e de buscar informações sobre o manejo integrado da Mancha-Marrom, o Planta Forte sobre rodas, laboratório móvel da fabricante de defensivos agrícolas IHARA, promoveu uma vista ao Centro de Citricultura Sylvio Moreira, em Cordeirópolis (SP), para coletar dados que possam ajudar os produtores no combate da Mancha-Marrom.

A visita foi feita em parceria com a EMATER de Belo Vale e Moeda e do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Barbacena (MG). Na oportunidade o grupo conheceu algumas formas de controle, como as variedades resistentes desenvolvidas pelo Centro de Citricultura. “Essa visita deu início a uma parceria que vai contar com a presença do pesquisador Dr. Fernando Azevedo, do Centro de Citricultura. Ele realizará uma palestra aos produtores de Belo Vale sobre a doença e as formas de manejo para o controle eficiente, minimizando os custos e a utilização excessiva de defensivos”, finaliza Gianasi.

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