Preocupação com ferrugem asiática elevou a comercialização de fungicidas protetores na safra 2016-17

Pesquisa da consultoria Spark Inteligência Estratégica aponta que produtor adotou tratamentos contra a ferrugem em 98% das áreas de soja.

19.09.2017 | 20:59 (UTC -3)
Fernanda Campos

A adoção média de fungicidas protetores saltou de 6% para 38% da área de soja brasileira entre as safras 2014-15 e 2016-17. Os dados são da consultoria Spark Inteligência Estratégica. Segundo o levantamento, a demanda por esses produtos cresceu frente ao aumento das dificuldades de controlar a ferrugem asiática nas lavouras, decorrente da redução do desempenho de fungicidas tradicionais (sistêmicos).

O engenheiro agrônomo e sócio-diretor da Spark, André Malzoni dos Santos Dias, assinala que na safra passada o percentual mais representativo de adoção dos fungicidas de contato teve registro no Rio Grande do Sul (55%), mas foi expressivo também nos estados de Mato Grosso do Sul (40%), Mato Grosso (39%), São Paulo (39%), Paraná (34%) e Goiás (33%).

“O avanço dos fungicidas de contato sinaliza a preocupação do produtor em controlar a ferrugem e em combater a resistência do fungo causador da doença a produtos tradicionais”, acrescenta Dias. De acordo com a empresa, fungicidas para controle da ferrugem asiática foram adotados em 98% das lavouras brasileiras – os produtos sistêmicos, diz a Spark, foram usados praticamente em 100% das aplicações.

As vendas de fungicidas representam 33% do mercado nacional de defensivos agrícolas, que movimentou US$ 9,6 bilhões no ano passado, segundo as entidades do setor.

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