Prêmio Agroambiental Monsanto concede Prêmio Boas Práticas, voltado às iniciativas relacionadas aos pequenos agricultores

21.03.2012 | 20:59 (UTC -3)
Thiago Coletti

O Prêmio Agroambiental Monsanto – Troféu Professor Ernesto Paterniani chega a sua terceira edição com o objetivo de, mais uma vez, estimular a reflexão e o desenvolvimento de novas propostas para a agricultura que alimenta a população global crescente e que depende de recursos naturais e vitais para o planeta. “Queremos fomentar a criatividade e a engenhosidade para superar o desafio de ampliar a produtividade e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente”, afirma André Dias, presidente da Monsanto do Brasil.

“Temos um papel importante desde o início das pesquisas para o desenvolvimento tecnológico da agricultura, contribuindo para o aumento da produtividade das lavouras com diminuição do impacto no meio ambiente. Com o prêmio, continuamos contribuindo para o desenvolvimento sustentável do agronegócio”, diz Rodrigo Almeida, diretor de Assuntos Corporativos da Monsanto.

Além da tradicional premiação estabelecida nas edições anteriores, a Monsanto concederá, nesta edição, o Prêmio Especial Boas Práticas. “O reconhecimento será dado ao projeto, inscrito em qualquer uma das categorias, o que melhor apresentar boas e novas práticas voltadas a pequenos agricultores, com potencial para serem imediatamente disseminadas”, explica Geraldo Berger, diretor de Regulamentação da empresa.

O prêmio Agroambiental Monsanto terá duas categorias:

- Estudante: Brasileiros ou estrangeiros matriculados em cursos dos níveis técnico, superior em tecnologia, graduação ou pós-graduação (lato sensu), devidamente matriculados no ano letivo de 2012, com o auxílio (opcional) de um professor orientador pertencente à mesma instituição de ensino.

- Pesquisador: Brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil, com o auxílio (opcional) de um professor orientador pertencente à mesma instituição de ensino, dentro dos seguintes perfis:

- Estudantes no nível de mestrado, doutorado ou pós-doutorado, com matrícula vigente em 2012 em instituições brasileiras;

- Pesquisadores já formados nos níveis de mestrado, doutorado ou pós-doutorado.

Os projetos participantes deverão ser inéditos no Brasil e estar inseridos na área agroambiental, abrangendo um ou mais dos seguintes temas:

Agronomia, Biotecnologia e Ecologia: soluções inovadoras para as questões agrícolas no Brasil, com o objetivo de alcançar maior produtividade, menor uso de insumos, maiores ganhos para o agricultor e alimentos mais saudáveis, entre outras;

Biologia e Gestão Ambiental: contribuições para monitorar e aprimorar a integração do meio ambiente com os sistemas produtivos, com vistas a um melhor e mais correto desempenho ambiental para garantir as necessidades das gerações futuras;

Direito: desafios e soluções rumo a um sistema jurídico mais ágil, alinhado com o conhecimento científico e que garanta os direitos da sociedade;

Novas ideias: projeto inovador, nada ainda imaginado, que englobe ou não os temas anteriores e que tenha impacto positivo na sustentabilidade da agricultura brasileira baseada em novas tecnologias.

As inscrições, que vão até 29 de junho, podem ser feitas no site

.

O pesquisador Mateus Gomes de Godoy, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), venceu a edição 2010 com o trabalho “Produção de lípase microbiana e destoxificação simultânea de rejeitos agroindustriais”, voltado para estudos de aproveitamento e valorização de resíduos da agroindústria. O projeto ganhou uma continuidade importante. “Ele faz parte da minha tese de doutorado, a qual ainda está em andamento no Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da UFRJ. Atualmente, estou fazendo parte dos experimentos ligados ao tema no Institut Méditerranéen de la Biodiversité et d’Ecologie Marine et Continentale (IMBE), em Aix-Marseille Université, na França”, conta.

Godoy ganhou um laptop e R$ 12 mil para participar de congressos internacionais do setor. E escolheu bem os eventos. O primeiro foi o “World Congress on Biotechnology”, que ocorreu em Hyderabad (Índia), de 21 a 23 de março de 2011. O outro foi o “IV International Conference on Environmental, Industrial and Applied (BioMicroWorld)”, em Málaga (Espanha), de 14 a 16 de setembro de 2011. “Foram ótimas experiências, pois havia pesquisadores conceituados do mundo inteiro participando e apresentando seus trabalhos. Nos dois congressos apresentei dois trabalhos diferentes relacionados ao projeto premiado. Foi uma ótima oportunidade para trocar conhecimento e ter novas ideias”, diz.

Na categoria Estudante da edição 2010 do Prêmio Agroambiental, o vencedor foi Leandro Oliveira Feitosa, de Porto Feliz (SP), recém-formado em Biotecnologia na Universidade de Sorocaba (Uniso). Ele agora faz mestrado em Biotecnologia Ambiental na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). O trabalho premiado, “Avaliação da Genotoxicidade de Formulações de Micropartículas Poliméricas Contendo Herbicidas Visando Aplicações no Agronegócio”, evoluiu e até foi testado em campo. “Depois da premiação, que é um reconhecimento importantíssimo do mundo acadêmico, avançou muito. Hoje aguardamos os resultados do trabalho”, afirma.

Os R$ 6 mil conquistados foram investidos em participações no Congresso Brasileiro de Mutagênese, em São Pedro (SP), no Simpósio de Biotecnologia Industrial, em Caxias do Sul (SP), e no Congresso Brasileiro de Genética, em Águas de Lindoia (SP). Um novo notebook também que, segundo ele, veio em boa hora. “O meu tinha acabado de quebrar naquela época, e precisava muito de um novinho em folha”, lembra.

O Prêmio Agroambiental Monsanto conta com a parceria da Sociedade Rural Brasileira (SBR), Sociedade Brasileira de Genética (SBG) e da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). "Há 10 mil anos o homem modifica seu alimento para melhorar a qualidade e eficiência na produção, no entanto, existem grandes desafios para os próximos anos. Toda conquista científica transferida ao setor agrícola que resulte em preservação da área cultivada em termos de consumo de água, manejo no uso de agrotóxicos e ganho de qualidade ou de produção é fundamental para também conservar os demais ambientes", avalia a professora Marie-Anne Van Sluys, do Departamento de Botânica, IB/USP e da Sociedade Brasileira de Genética.

Para o dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), "é nosso dever apoiar toda e qualquer iniciativa que vise ao aumento da produção de alimentos com qualidade. Agricultura mais moderna e sustentável certamente leva a alimentos mais nutritivos e, consequentemente, pessoas mais saudáveis".

“A Rural apoia o Prêmio Agroambiental Monsanto, pois acredita que ele é uma vitrine da atual agropecuária brasileira: ambientalmente responsável, fornecedora de alimentos saudáveis e seguros, e propulsora do crescimento da economia do País”, destaca Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira.

Inscrições dos projetos: até 29 de junho de 2012

Entrega dos projetos: até 10 de agosto de 2012

Julgamento dos projetos: Primeira quinzena de setembro de 2012

Divulgação dos finalistas: Segunda quinzena de setembro de 2012

Evento de premiação: Outubro de 2012

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