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Mesmo com mercado favorável para os produtores de trigo, o momento é para se planejar. Os preços mínimos, que foram levantados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e publicados neste mês, só começam a valer a partir de julho. Até lá, os agricultores devem observar o mercado para aproveitar as janelas de comercialização que podem surgir e acompanhar os custos da produção da cultura para garantir melhor rentabilidade nas negociações.
De acordo com as análises da Conab, a projeção é que se mantenha o cenário positivo para o produto. A alta do dólar e a produção argentina mais cara devido à taxação, contribuem para os bons preços praticados no mercado. Atualmente, o valor nominal do trigo é o maior já registrado no país, chegando a ser comercializado por mais de R$ 50,00 no Paraná na terceira semana de fevereiro. No Rio Grane do Sul, o valor de comercialização foi de R$ 44,78 no mesmo período.
Para garantir melhores remunerações, a indicação aos agricultores do Sudeste e Centro-Oeste é que tenham mais atenção no início da colheita, entre os meses de agosto e a primeira quinzena de setembro. Neste período, há pouco produto no mercado, o que impulsiona os preços. Já os demais produtores precisam observar a janela de comercialização que antecede a entrada do trigo argentino e buscar melhores negócios.
Para quem produz laranja, cultura que também teve o preço mínimo ajustado, a atenção deve ser redobrada. Com o novo valor fixado em R$ 15,53 a caixa de 40,8 kg, que passará a vigorar também a partir de julho, a calculadora passa a ser a maior aliada. Isso porque, mesmo com o aumento das exportações no segundo semestre, o mercado internacional do suco da fruta não está tão vantajoso, o que reflete no mercado interno. Esta conjuntura exige do agricultor um zelo nas negociações futuras de forma a garantir a rentabilidade para se manter no sistema produtivo, seja por meio de venda antecipada ou para atender uma demanda conjuntural que venha a acontecer.
A Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) é uma importante ferramenta definida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e operacionalizada pela Conab para diminuir oscilações na renda dos produtores rurais e assegurar uma remuneração mínima, atuando como balizadora da oferta de alimentos, incentivando ou desestimulando a produção e garantindo a regularidade do abastecimento nacional.
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