Preços: IqPR encerra a 1ª quadrissemana de Junho em alta de 2,91%

15.06.2009 | 20:59 (UTC -3)

O IqPR – Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, encerrou a primeira quadrissemana de Junho em alta de 2,91%, informam Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez, do Instituto de Economia Agrícola – IEA/Apta da Secretaria de Agricultura de São Paulo.

Os produtos do IqPR que registraram as maiores altas nesta quadrissemana foram: feijão (16,09%), leite tipo C (8,66%), milho (8,19%), algodão (7,69%), carne de frango (6,92%) e laranja de mesa (5,39%).

Em relação ao feijão, a estiagem na região Sul do Brasil provocou redução na safra anunciada em mais de 16% e os preços reagiram com maior intensidade. As altas nas cotações dos leites (principalmente o tipo C) são em virtude da diminuição da oferta do produto, já que as pastagens estão com baixa qualidade pela falta de chuva em algumas regiões (Centro Sul) e pelo excesso em outras (Norte-Nordeste).

Em relação ao milho, houve recuo da situação vivida em 2008, quando as exportações brasileiras do produto foram relevantes. A queda dos preços internacionais vem sendo compensada pela retomada do consumo interno, pressionado pela quebra da safra de verão. Mas, tendo partido de patamares muito baixos, verifica-se, nos aumentos recentes, um processo de acomodação rumo à normalidade dos preços internos.

A retração da produção de carne de frango pelos produtores, fez diminuir a oferta do produto no mercado, motivando assim o aumento nas cotações no período, também pressionadas, do lado dos custos, pelas elevações dos preços da soja e do milho.

A produção de soja na América do Sul cairá de 116 para 95 milhões de toneladas (a Argentina enfrenta sua pior estiagem em 70 anos), afetando os estoques e preços internacionais, reforçados pela persistente demanda chinesa, país em que os derivados de soja formam a alimentação de primeira necessidade. Em função disso, ainda que com o câmbio em valorização desde o início de 2009, os preços recebidos pelos produtores paulistas apresentam crescimento.

Os preços do açúcar, em Londres, subiram 15%, devido à quebra de safra em grandes produtores mundiais, de abril ao início de junho, quando começaram a declinar, afetando os preços da cana em São Paulo, que continuaram em alta, mas em ritmo decrescente face ao início da nova escalada de valorização cambial.

Os produtos que apresentaram queda de preços nesta quadrissemana foram: tomate (16,26%), carne suína (14,40%), amendoim (9,92%), banana (8,47%) e arroz (1,51%).

Para o tomate, a maior disponibilidade do produto no mercado fez com que sua cotação recuasse. Já com relação à carne suína, a queda das cotações está associada à redução do consumo, provavelmente pelas noticias da gripe A (H1N1).

A queda de preços do amendoim é bastante atípica em relação ao seu padrão de variação estacional. As festas juninas caracterizam o pico de demanda e devem refletir no aumento de preços do produto. A banana, que é mais consumida nas épocas do ano caracterizadas pelas temperaturas amenas (outono e primavera) tem sua demanda reduzida com a queda da temperatura, acarretando menor cotação no mercado.

Para ler o artigo na íntegra, clique no link abaixo:

Fonte: Assessoria de Comunicação - (11) 5067-0069 /

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025