União eleva dívida pública em junho
Com baixo volume de resgates e dólar em queda, estoque da dívida externa recua e prazo médio encurta
Os preços do café subiram no segunda-feira, dia 28, apoiados pelos riscos climáticos no Brasil e pelas incertezas do comércio global devido às tarifas dos EUA, impostas aos produtos brasileiros em meados de julho. Assim, o contrato de setembro do Arábica foi negociado acima de 300 c/lb no dia 28, fechando em 307,7 c/lb, um aumento de 1,5% em sete dias. Uma nova frente fria chegou ao Brasil esta semana, derrubando as temperaturas nas principais regiões produtoras de café.
O Sul de Minas pode ter uma queda mais acentuada, com a Somar prevendo temperaturas mínimas entre 6ºC e 8ºC nos dias 30 e 31 de julho. 1/7 No entanto, alguns modelos do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) indicam que as temperaturas podem cair abaixo de 5°C nos próximos três dias, com maior ameaça de geadas no Sul de Minas.
De acordo com Laleska Moda, analista de inteligência de mercado da Hedgepoint, além dos riscos representados pela geada, tempestades de granizo atingiram algumas fazendas de café da região no fim de semana. “Embora o evento tenha sido localizado, afetando apenas uma pequena área, essas fazendas relataram danos causados pelas tempestades de granizo, incluindo perda de folhas e possível impacto na produção de 26/27. No entanto, como mencionado, foi um evento localizado e ainda é muito cedo para avaliar a extensão dos danos”, diz.
Nas regiões brasileiras de Conilon, onde a safra 25/26 está basicamente completa, o clima tem sido mais favorável, com algumas fazendas no Espírito Santo e na Bahia entrando no período de floração da safra 26/27. Nesse contexto, o aumento das chuvas é vital para o desenvolvimento e fixação adequados das flores.
A especialista explica que os atuais riscos climáticos no Brasil, juntamente com as incertezas sobre o futuro do comércio brasileiro de café com os EUA, também mantiveram as vendas no país lentas, enquanto os produtores aguardam novas definições. Embora o governo brasileiro e outros agentes da cadeia de suprimentos, como o Cecafé e a Associação Nacional do Café (NCA) dos EUA, tenham se engajado em negociações comerciais com o governo dos EUA, ainda não foi alcançado um acordo para isentar o café de tarifas.
Caso a taxa de 50% seja aprovada, ela poderia interromper o fluxo de café brasileiro para os EUA momentaneamente, e os torrefadores e exportadores americanos teriam que contar com outras origens, como Colômbia, América Central e África Oriental, segundo observações da analista.
No entanto, não só a maior parte dessas origens está em sua entressafra, com oferta limitada no segundo semestre de 2025, mas os diferenciais também são maiores do que os brasileiros. Embora nos últimos meses os diferenciais brasileiros estiveram elevados, o grão brasileiro costuma ser mais barato do que as outras origens e, com a colheita da safra atual, os preços foram pressionados para baixo recentemente. Nesse sentido, não só os EUA podem enfrentar uma redução da oferta de café se não importarem do Brasil, mas também os preços tendem a aumentar no país, conforme mencionado em análise anterior.
“Em uma visão mais ampla, embora alguns países, como Japão e UE, tenham chegado a acordos para diminuir as tarifas propostas atuais, as taxas ainda podem impactar a economia americana, especialmente aumentando a inflação. Portanto, a médio e longo prazo, a demanda por café pode ser afetada, com as perspectivais de uma persistente volatilidade do lado dos preços”, diz.
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