Preços da laranja nos mercados atacadistas seguem afetados pelo clima

Mesmo com o início das chuvas, o preço da fruta mostrou aumento em todas as Centrais de Abastecimento analisadas pela Conab

18.11.2021 | 14:40 (UTC -3)
Conab
Mesmo com o início das chuvas, o preço da fruta mostrou aumento em todas as Centrais de Abastecimento analisadas pela Conab. - Foto: CNA
Mesmo com o início das chuvas, o preço da fruta mostrou aumento em todas as Centrais de Abastecimento analisadas pela Conab. - Foto: CNA

A produção da laranja brasileira ainda enfrenta os efeitos das precipitações abaixo da média nos meses de julho e agosto, e a ocorrência de geadas em importantes regiões produtoras. Mesmo com o início das chuvas, o preço da fruta mostrou aumento em todas as Centrais de Abastecimento analisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As cotações referentes ao mês de outubro foram divulgadas nesta quinta-feira (18/11) pela estatal, pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort).

A questão climática comprometeu a oferta e afetou a qualidade dos produtos nos últimos meses. Com isso, o alto preço da laranja superou o recorde na série histórica dos últimos dois anos em alguns mercados. O maior percentual ocorreu em Fortaleza/CE, onde a média de preço da laranja chegou a R$ 2,42, um aumento de 18,56%. Em Curitiba/PR, a elevação foi de 15,68% e a fruta é vendida em média a R$ 2,31. O terceiro maior aumento foi em São Paulo/SP, com 11,83% e preço médio de R$ 2,76.

“É importante dar acesso a esses dados das Centrais de Abastecimento, uma vez que os preços no atacado terão reflexo para o consumidor final, e com mais informações eles terão a chance de diversificar os alimentos e aliviar os custos nas compras do mês”, ressalta o superintendente de Estudos Agroalimentares e da Sociobiodiversidade da Conab, Marisson Marinho. “Esta edição do Boletim Prohort mostra, por exemplo, que outras frutas comercializadas na Ceagesp/SP se destacaram pela redução na média de preços, como o pêssego (32%), a nectarina (31%), a romã (28%), a acerola (26%), a ameixa (21%) e o limão (18%).”

Segundo o estudo, as hortaliças seguem com o movimento preponderante de preços altos dos últimos meses, especialmente tomate e batata. As condições climáticas adversas em grande parte do país comprometeram o ritmo de colheita, reduzindo a disponibilidade dos produtos nos mercados. No caso do tomate, os preços seguem em patamares elevados e a oferta do fruto em outubro foi a menor do ano, com quedas desde junho. “As chuvas prejudicaram a colheita e as temperaturas mais amenas seguraram o amadurecimento do fruto, reduzindo sua disponibilidade aos mercados”, explica a gerente de Estudos do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Joyce Fraga. “Com relação à batata, o movimento altista de preços vem ocorrendo desde julho, influenciado também por fatores climáticos que prejudicam a colheita. Em outubro, houve menor oferta a partir de São Paulo e pressão de demanda pelo produto oriundo de outras regiões”.

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