Preços ao produtor caem 1,98% na segunda quadrissemana de julho

21.07.2009 | 20:59 (UTC -3)

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) caiu 1,98% na segunda quadrissemana de julho, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado.

Foi puxado pelos preços dos produtos de origem vegetal, cujo índice registrou recuo de 3,93%. Já o índice dos produtos de origem animal apresentou alta de 2,86%.

As quedas mais expressivas ocorreram nos preços da laranja para mesa (21,05%), batata (11,31%), tomate (8,68%), arroz (6,14%) e ovos (5,48%). No caso da laranja, contribui para a queda das cotações o “efeito-safra”, associado ao tradicional menor consumo de sucos caseiros nos meses de inverno e também à parte da laranja para indústria destinada ao consumidor, devido aos baixos preços das processadoras.

A redução nas cotações da batata reflete a boa oferta do produto, oriundo das diversas regiões que abastecem o mercado paulista, onde já está no seu final a colheita da safra das secas. Quanto ao arroz, o recuo dos preços reflete a entrada do produto gaúcho. As perspectivas para os meses seguintes dependem do ritmo da evolução do consumo, uma vez que, se mantida a tendência de crise de emprego com reflexo na demanda, os estoques públicos e privados funcionarão como pressão para queda de preços.

Para os ovos, a retração nos preços decorre da menor demanda, tanto na agroindústria de massas e panificação quanto no consumo direto, observam os pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez.

As altas mais significativas foram registradas nos preços do feijão (15,60%), da carne suína (14,83%), da carne de frango (8,57%) e do leite tipo C (6,52%).

Os preços do feijão vêm se recuperando há várias quadrissemanas, dizem os técnicos do IEA. Trata-se do reflexo da persistência de preços muito baixos desde o início de 2009. O abastecimento do mercado interno dá-se pela sucessão de safras complementares, em diversas e diferentes regiões brasileiras. Assim, o preço baixo que sequer remunerava os custos de produção levou ao plantio reduzido, em especial dos produtores mais modernos, resultando em redução da oferta.

Na segunda quadrissemana, o preço de R$ 90 por saca de 60 quilos pode ser considerado no patamar de normalidade, mas em termos de rentabilidade a perspectiva é de continuidade da alta. Assim, o consumidor, que estava sendo beneficiado por preços muito baixos do produto, vai acabar pagando cada vez mais. O que não ocorre com o produtor que, quando tinha produto, não tinha preço, e agora tem preço e não tem o produto.

No caso da carne suína, a alta acompanha o mercado de produtos de origem animal, porém com menor intensidade. “Esse aumento de preço decorre da reabertura de alguns mercados no exterior e da superação das desconfianças do consumidor interno, face à recente epidemia mundial de gripe”. (Veja material completo no site do IEA -

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