Preços Agrícolas: queda de 1,88%

13.08.2009 | 20:59 (UTC -3)

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) caiu 1.88% na primeira quadrissemana de agosto, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo, o índice apresenta redução ainda mais significativa (2,49%), destacam os pesquisadores.

As reduções mais expressivas foram observadas nos preços da laranja para mesa (30,75%), da carne suína (21,18%), dos ovos (17,90%), da batata (15,22%), da carne de frango (8,95%) e do feijão (8,19%). No caso da laranja de mesa, contribui para a queda das cotações o efeito-safra, associado ao tradicional menor consumo de sucos caseiros nos meses de inverno e também à entrada de parte da laranja para indústria no mercado consumidor. Isto se deve aos baixos preços praticados pelas indústrias processadoras, em função da significativa redução da demanda dos principais países importadores do suco brasileiro, dizem os autores do estudo.

As incertezas sobre a gripe A (H1N1) fizeram com que o consumo de carne suína diminuísse, afetando os produtores de todo o país, explicam os pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez, autores do estudo. “O fato de se associar a nova gripe com a doença no porco pesou no mercado. Mesmo com as temperaturas mais baixas e com o início do mês, quando a procura aumenta, a demanda por carne suína não tem se aquecido, acarretando redução das cotações da carne suína.”

A decisão de alguns Estados de adiar a volta às aulas por causa da gripe A gerou um efeito inesperado sobre o mercado de carnes, prosseguem os pesquisadores do IEA. “Os preços do boi e do frango, que normalmente sobem nesta época do ano com o retorno às aulas após as férias, estão em queda.”

Para os ovos, a queda dos preços é decorrência da redução de demanda, tanto na agroindústria de massas e panificação como no consumo direto. Entretanto, na última semana do período as cotações voltaram a subir. No feijão, além da pressão menor do consumo, há a entrada pontual da colheita dos primeiros plantios após a safra das secas, informam os técnicos do IEA.

As altas mais significativas foram observadas nos preços da laranja para indústria (35,00%), do amendoim (14,57%), da banana nanica (13,24%) e dos leites tipo B (5,09%) e tipo C (4,71%).

A evolução dos índices quadrissemanais de preços mostra recuperação em relação à quadrissemana anterior para o índice geral e para o índice de produtos vegetais, de respectivamente 2,2 e 3,9 pontos percentuais, isto apesar do resultado negativo nesta quadrissemana. Já o índice de preços dos produtos animais continua com tendência de queda, recuando 1,7 ponto percentual, concluem os pesquisadores do IEA.

A íntegra está disponível no site

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