Pragas que acometem a fruticultura tocantinense são debatidas em palestras

23.04.2012 | 20:59 (UTC -3)
Dinalva Martins

Com objetivo de disseminar conhecimento e a promoção do controle das pragas que acometem a fruticultura do Tocantins, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), por meio de um termo de cooperação técnica com a Faculdade Católica do Tocantins (FATCO), promoveu palestras para debaterem os temas. O evento ocorreu na manhã da última sexta-feira (20), na Fazenda Fartura, no município de Palmas. Cerca de 30 pessoas, entre universitários do curso de agronomia da FACTO, cursando a disciplina de Fruticultura Tropical, e produtores rurais participaram das discussões.

A palestra “Praga do coqueiro” foi abordada pelo engenheiro agrônomo da Adapec, José Aparecido da Silva, que explicou minuciosamente as ações de controle e as formas de reprodução do bicudo-do-coco, principal praga dos coqueiros. “Já fazemos o monitoramento da praga em várias propriedades rurais, nesta aqui, por exemplo, efetuamos esta ação a cada 15 dias. Desta vez, estamos trocando experiências que poderão ser multiplicadas, para que os produtores evitem prejuízos”, diz.

O controle populacional do bicudo, agente transmissor também do anel vermelho, é feito por meio de armadilhas, colocadas a cada três hectares, em recipientes contendo o inseticida chamado feromônio e a cana-de-açúcar, para atrair o inseto. A planta atingida pode ter perda total e infestar a produção inteira, pois o inseto se aloja no seu interior, por meio da base da folha, e se alimenta da seiva. “É possível que o produtor faça o controle, mas é preciso buscar informações técnicas na Adapec ou pedir o auxílio de um profissional. Para tanto, basta fazer um cadastro”, afirmou Silva.

Durante o evento, o engenheiro agrônomo da Adapec, Antônio da Silva Arieiro, debateu com os participantes o tema “Praga das fruteiras”. Segundo ele, as grandes vilãs da fruticultura tocantinense é a mosca-das-frutas (Anastrefha e Ceratitis), que causam grandes prejuízos econômicos, podendo rapidamente atingir 100% da produção, se não for controlada. “O monitoramento é feito com armadilhas, contendo uma proteína hidrolisada que atrai os insetos. Existem também o controle através de pulverização, iscas e o biológico”, destacou completando que estes insetos afetam, principalmente, a manga, goiaba e o mamão.

Para o acadêmico do 7º período de Agronomia, Felipe Castro, o contato direto com a prática amplia o universo de conhecimento. “Este momento é crucial para aplicação da teoria, e conseqüentemente um ganho para a atividade profissional”, disse.

A Adapec é responsável pela execução da Defesa Sanitária e política agrícola, por isso está de olho no futuro promissor da área de fruticultura. “Estamos acompanhando um crescimento rápido da área produtiva do Estado, por isso devemos estar preparados para o fomento da comercialização. Afinal, essas pragas podem ter restrições sanitárias no mercado externo, e a única forma de prevenção é o controle sistemático da área plantada”, pontuou o diretor de Defesa, Inspeção e Sanidade Vegetal da Adapec, Luis Henrique Michelin.

Divulgação

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