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Com um público esperado de 1,5 mil participantes, de todos os elos da cadeia produtiva da pluma, o 12º Congresso Brasileiro do Algodão (12º CBA) põe em pauta os assuntos mais atuais e palpitantes da cotonicultura brasileira e mundial, com convidados renomados. O evento, realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), ocorre em Goiânia, entre os dias 27 e 29 de agosto de 2019. No primeiro dia (27/08), traz entre os palestrantes o economista Ricardo Amorim, que vai abordar a guerra comercial entre Estados Unidos e China, e suas as repercussões no agronegócio brasileiro, principalmente agora que o Brasil se torna o segundo maior exportador mundial da commodity, com quase dois milhões de toneladas a serem embarcadas na safra 2018/2019.
Essa mesma conjuntura embala a plenária Um Raio-X da safra 2018/2019: ônus e bônus de uma safra recorde. O debate será mediado pelo analista Marcos Rubin, sócio-diretor da Agroconsult, que, entre diversos títulos, tem na bagagem a coordenação de 12 Rallies da Safra. Participarão da discussão o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Milton Garbugio, os presidentes das associações estaduais dos produtores de algodão da Bahia (Abapa), Julio Busato, de Mato Grosso (Ampa), Alexandre Schenkel, e de Goiás (Agopa), Carlos Moresco, além do presidente da Associação Nacional dos Produtores de Algodão (Anea), Henrique Snitcovski. O 12º CBA traz, ainda, salas temáticas, workshops, apresentação de trabalhos científicos e pitches de startups diversos em cada um dos três dias da programação, que prossegue até o dia 29 de agosto.
Eleito pela Revista Forbes como um dos 100 brasileiros mais influentes e, nessa mesma categoria, o economista do Brasil, o consultor Ricardo Amorim é nome de destaque na agenda do primeiro dia do 12o Congresso Brasileiro de Algodão. À frente da plenária das 11h45 do dia 27 de agosto, o apresentador do programa Manhattan Connection da Globo News e CEO da Ricam Consultoria vai brindar o público do evento com uma análise sobre o agronegócio brasileiro no contexto da guerra comercial e da recuperação da economia.
O acirramento das tensões envolvendo Estados Unidos e China tem gerado expectativas para o setor. Em 2018, a guerra comercial entre os dois países impulsionou as exportações para o gigante asiático, resultando em valores recordes para os prêmios pagos pela soja brasileira. O algodão também aproveita o vácuo deixado pelos Estados Unidos, mas, no mercado, acredita-se que estas oportunidades sejam apenas temporárias. O que esperar de 2019? O mesmo cenário vai se repetir? Perguntas como estas devem ser respondidas pelo economista, que tem mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro mundial e é o único palestrante brasileiro entre os melhores do mundo na lista do site britânico Speaker's Corner.
Os resultados recordes da safra brasileira de algodão 2018/2019 colocaram o país em um novo patamar no mercado internacional, com crescimento de área, de produção e dos volumes vendidos para o exterior, tornando o Brasil o segundo maior exportador mundial. De julho de 2018 a junho de 2019, o Brasil deve fechar o ciclo de exportações de algodão da safra 2017/2018 em 1,27 milhões toneladas, ficando, portanto, atrás apenas dos Estados Unidos. Para a safra em curso, 2018/2019, a estimativa é de que os embarques se aproximem dos dois milhões de toneladas de pluma. Neste ciclo, a cotonicultura nacional deve produzir cerca de 2,83 milhões de toneladas, colhidas em 1,63 milhão de hectares.
Os bons números que animam a cadeia produtiva do algodão também geram novos desafios. Um deles é a continuidade do crescimento com a garantia da manutenção e aperfeiçoamento da produtividade. Questões como essa estarão em destaque na plenária que inaugura a programação do 12º CBA e tem início às 10h, com uma hora de duração.
De acordo com o presidente da Anea, Henrique Snitcovski, o aumento da oferta de pluma no Brasil levanta a régua da sua responsabilidade. “Antes, tudo o que produzíamos tinha garantia de mercado. Hoje, além de grandes produtores, temos de ser vendedores excepcionais. Entramos na disputa, de fato. E para assegurar a entrega do nosso produto, toda a cadeia tem de se preparar e trabalhar num só ritmo. Uma vez que o país virá player, não pode mais retroceder”, alerta o palestrante.
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