Planejamento norteia atividades em confinamento

08.05.2013 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Ascom Seagro-TO

Planejamento. Esta é a palavra chave para que o confinamento de bovinos dê certo, segundo a zootecnista e doutora em Nutrição Animal Amanda Oliveira, da empresa Premix. Ela proferiu a palestra "Estratégias para aumentar a rentabilidade em confinamento", na manhã desta quarta-feira (08), durante a 13ª Agrotins – Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins para pecuaristas e técnicos. "Antes de pensar em confinar, faça seu planejamento, monte sua estratégia. Ninguém sabe a quanto vai chegar a arroba do boi, mas a gente sabe a tendência do mercado e, através dessa tendência, a gente monta uma estratégia", disse a zootecnista.

A doutora apresentou ainda que a partir do crescimento do PIB – Produto Interno Bruto de países emergentes cresce também o consumo de carne e necessidade do aumento da produção. "Quando as famílias passam a ganhar mais, também passam a consumir mais carne, deixam o frango e optam por um bife de alcatra, por exemplo", diz ela, ressaltando a necessidade do aumento da produção de qualidade no País.

"Temos por volta de 180 milhões de cabeça de gado no País, mas só produzimos pouco mais de duas mil toneladas de carcaça. Enquanto os Estados Unidos tem rebanho de 92 milhões de cabeça, mas produz 11 mil toneladas de carcaça. Ou seja, a nossa produtividade é muito baixa", destacou, acrescentando que "Ou a gente muda o foco, faz aumentar a produtividade por hectare ou vai perder mercado, principalmente, para agricultura. A forma de aumentar a produtividade é através do confinamento".

Segundo Amanda, o confinamento ainda caminha em passos pequenos no Brasil, e os pecuaristas precisam se atentar em ganhar mais e produzir carne melhor, competitiva dentro e fora do País. Para isso, orienta os pecuaristas a se atentarem desde o ganho de peso, ganho de carcaça e custos desse animal com alimentação. "O perfil de dieta interfere, o tipo de animal, tudo precisa levar em consideração na hora de fechar o animal no cocho", explicou.

O pecuarista Antenor de Muzio Gripp, que possui propriedade em Pindorama, onde cria animais no sistema extensivo, veio conferir as novidades apresentadas e saiu da palestra interessado em refazer as contas da propriedade. "Como disse a palestrante, é preciso planejamento para analisar a viabilidade", considerou.

Ainda na manhã desta quarta-feira (08), pesquisadores da UFT – Universidade Federal do Tocantins, Embrapa e representantes da Empresa Bunge participaram da mesa redonda "Perspectivas da pesquisa agropecuária no Estado do Tocantins", coordenada pelo professor pesquisador Josafá Ribeiro Maciel. A intenção foi apresentar o que está sendo feito na área e as demandas ainda existentes. "Queremos enxergar onde há demanda e de que forma podemos atuar", declarou Maciel.

O evento contou ainda com a participação do professor da UFT Guilherme Benko de Siqueira; Romulo Araujo e Adriano Marques, representantes da Bunge; e Carlos Magno, da Embrapa.

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