Pesquisas e novas tecnologias para combater as doenças do trigo em pauta na UPF

09.11.2011 | 21:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

Uma das doenças mais antigas encontrada principalmente no trigo, a giberela foi tema de seminário realizado no Anfiteatro da Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo (UPF), nesta quarta-feira (9). O evento foi organizado pelos professores e alunos da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) e do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PPGAgro).

O professor Erlei Melo Reis coordenou a atividade. Para ele, a discussão precisa ser feita para que uma solução seja encontrada. “É uma doença de difícil controle, talvez uma das mais antigas, mas que em 2011 ainda não temos uma solução”. Durante o evento foram relatadas as pesquisas desenvolvidas o que a UPF já está fazendo para contribuir com o controle da doença. “Isso interessa à nação, ao estado, aos produtores e a quem trabalha com pesquisa”, destacou.

Segundo Reis, o Brasil necessita de 11 milhões de toneladas de trigo para alimentar a população em um ano e produz em torno de 6,5 toneladas somente. Na opinião do professor, o país é um dos maiores importadores de trigo. Um dos entraves para a produção do cereal com qualidade são as doenças, dentre elas a giberela. “Uma das principais dificuldades com relação a essa doença é a falta de divulgação de informações confiáveis, por isso há uma necessidade de maior força da extensão para divulgar a verdade para os produtores, para que eles consigam minimizar os danos causados por essa doença”, ressaltou.

Para o diretor da FAMV Hélio Rocha, eventos como esse proporcionam a divulgação das informações de maneira correta e ágil, promovendo também o envolvimento dos alunos da graduação e pós-graduação na investigação e na busca de conhecimentos para o controle desse tipo de problema. “Esse seminário tem como objetivo, socializar as informações trabalhadas pelos acadêmicos e professores, visando que os produtores e os técnicos consigam melhores resultados e consequentemente, maior produtividade nessa cultura, que é tão importante no Brasil”, observou.

A programação contou com a apresentação de diversos trabalhos dos alunos do PPGAgro e convidados. Entre eles Ricardo Brustolin, mestrando em Fitopatologia, que apresentou a pesquisa Tecnologia de aplicação de fungicida visando o controle da giberela. Ele viu na oportunidade de desenvolver o estudo uma possibilidade para encontrar soluções para a qualidade da produção. “No Brasil, desde a década de 50 existem pesquisas sobre o trigo. A partir de 1970 iniciou-se o uso de fungicidas e desde lá existe o controle da doença, mas ainda assim o controle não é tão eficiente, chegando a 40% em nível de campo”, observou. Segundo ele, alguns avanços já foram feitos, mas ainda é preciso desenvolver novas tecnologias. “Hoje existem fungicidas, mas o que falta ainda é a tecnologia da aplicação, porque hoje existe uma dificuldade de colocar o produto nas espigas, já que a espiga é um alvo difícil de ser atingido. Então, precisamos desenvolver tecnologias de aplicação que protejam essas espigas para o controle da giberela”, constatou.

Entre os palestrantes, além dos mestrandos e doutorandos do PPGAgro, estiveram presentes Maria Imaculada, pesquisadora da Embrapa Trigo, de Passo Fundo, Ricardo Trezzi, da Universidade do Estado de Santa Catarina, Vildes Maria Scussel, da Universidade Federal de Santa Catarina, Tatiana Dala Nora, da Coodetec, do Paraná, e a professora da UPF Carolina Deuner.

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