Pesquisadores da Fundação MT estudam a ocorrência da Soja Louca II

18.02.2011 | 21:59 (UTC -3)

Um grupo de pesquisadores da Fundação MT está percorrendo lavouras da região Médio-norte de Mato Grosso a fim de acompanhar a incidência da anomalia conhecida como soja louca II, de causa ainda desconhecida. Eles pretendem, a partir do monitoramento da ocorrência e do estudo do ambiente de produção, chegar à origem do aparecimento desta anomalia e depois fazer recomendação específica de controle e manejo da soja louca II.

 

A região do estado mais afetada pela doença é de Sorriso/MT. E é exatamente nas lavouras situadas neste município e nos arredores que os pesquisadores montaram uma base de pesquisa. Após a identificação de plantas de soja com sinais da anomalia, eles fazem coletas e encaminham-nas para análise laboratorial. As lavouras com plantas infestadas ficam sob monitoramento constante.

 

De acordo com os pesquisadores algumas observações de campo feitas por eles podem ajudar no entendimento da ocorrência da anomalia. Foram identificadas plantas de soja louca II em locais de baixada (terreno com encharcamento), mas também em pontos altos do relevo. Os trabalhos de campo possibilitaram visualizar plantas de soja louca II sem a presença dos ácaros, bem como plantas de soja normais com a presença dos ácaros. Os pesquisadores observaram também plantas de soja louca II em áreas com diferentes resíduos de cobertura. “Dessa maneira, o monitoramento constante das lavouras e a interação com o histórico das áreas pode ser uma peça chave para desvendar esse quebra-cabeça que se apresenta na agricultura mato-grossense”, ressalta Eros Francisco, Doutor em Solos e Nutrição de Plantas - Pesquisador do Programa de Monitoramento de Adubação (PMA) da Fundação MT.

 

Segundo Eros, há um grande empenho da equipe em apresentar, em breve, uma solução para o problema que acomete lavouras de Mato Grosso. Ele destaca que o assunto está sendo estudado detalhadamente e todos trabalham com muita determinação. “Ainda não há recomendação pronta, mas estamos trabalhando para isso”.

 

O pesquisador afirma que se caso focos da anomalia for encontrado de forma intensa, caberá ao produtor tomar a decisão de não colher a área afetada para não prejudicar a qualidade dos grãos bons colhidos ao redor desta área, pois caso contrário poderá haver descontos na classificação do grão para comercialização. “Essa anomalia causa, principalmente, o abortamento dos botões florais das plantas e também a formação de vagens deformadas e que não amadurecem, atrapalhando sobremaneira o processo de colheita das lavouras atacadas”, esclarece Eros.

 

A equipe de pesquisadores que está avaliando de perto as áreas infestadas pela soja louca II e fazendo estudos específicos repassará mais informações sobre esta anomalia assim que tiverem informações mais precisas. “Estamos trabalhando muito para contribuirmos, mais uma vez, com a sojicultura de Mato Grosso”, finaliza Eros.

 

Fonte: Fundação MT

(66) 3439-4100

imprensa@fundacaomt.com.br

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025