Pesquisadores da Embrapa participam de discussões sobre gases de efeito estufa na agropecuária em conferência na Irlanda

01.07.2013 | 20:59 (UTC -3)
Embrapa Pecuária Sul - Bagé/RS

Entre 23 e 27 de junho, pesquisadores da Embrapa participaram da Conferência Internacional de Gases de Efeito Estufa (GEE), em Dublin, na Irlanda. Este é o principal evento para os cientistas do mundo todo conhecerem e discutirem os avanços nos estudos dos gases de efeito estufa produzidos pela agropecuária. A pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul (Bagé/RS) Cristina Genro, da área de manejo e pastagens e interação planta e animal, esteve presente no evento, juntamente com outros pesquisadores. Além dos pesquisadores palestrantes da Embrapa Pecuária Sudeste, Embrapa Gado de Corte e Embrapa Agrobiologia, estiveram presentes cientistas da Embrapa Cerrados, Embrapa Pecuária Sudeste e Embrapa Informática Agropecuária.

O objetivo da viagem dos pesquisadores foi trocar informações com a comunidade científica mundial que atua com tema da mitigação dos GEE´s, bem como propor políticas públicas. Estes e outros pesquisadores da Embrapa fazem parte da Rede Pecus, que consiste em projetos de pesquisa para avaliar o balanço final entre as emissões dos GEE e o sequestro de carbono dos vários sistemas de produção da pecuária, inseridos nos principais biomas brasileiros, em busca de uma pecuária sustentável.

Os experimentos iniciados em 2011 mostram dados positivos, ainda que iniciais, indicando que a contribuição do rebanho bovino no efeito estufa é menor que o esperado. Por exemplo, quanto maior a produção de capim, maior é o sequestro de carbono no solo, contribuindo para retirar gás carbônico da atmosfera. Os níveis de emissão de óxido nitroso, um dos gases de efeito estufa, foram baixos, assim como os de metano, considerando as condições da pecuária brasileira.

“Se recuperadas, as pastagens podem ser aliadas no combate ao aquecimento global”, explica a pesquisadora da Embrapa Patrícia Anchão. Ela explica que, com o aumento das emissões de gases na atmosfera em razão das atividades humanas, o capim crescerá mais e acumulará mais fibra, o que pode potencializar a emissão de gases, mas em baixos níveis. "Em compensação, a pastagem retirará mais gás carbônico na atmosfera, como ocorre com as florestas", complementa.

Ao final do evento, entre os dias 27 e 28 de junho, os pesquisadores também participaram do 2º Workshop do Animal Change. Este é um projeto complementar à Rede Pecus, que reúne cerca de 300 pesquisadores da Europa, Ásia, África e América do Sul e que objetiva mapear riscos de produção de pastagens e sistemas de produção animal com as mudanças climáticas. Neste segundo encontro, serão apresentados os resultados preliminares da produção de metano das espécies forrageiras (nativas e cultivadas) do bioma Pampa.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025