Pesquisadora da Embrapa Café apresenta trabalho sobre tolerância à dessecação das sementes de café

07.04.2011 | 20:59 (UTC -3)

De 10 a 15 de abril, acontece na Costa do Sauípe, na Bahia, a 10ª Conferência da Sociedade Internacional de Ciências em Sementes (ISSS), considerado um dos principais fóruns mundiais sobre o assunto. A pesquisadora da Embrapa Café, Sttela Veiga, participa do evento apresentando o trabalho “Atividade da enzima endo-β-mannanase em sementes de café em diferentes tipos de processamentos e níveis de umidade”, resultado parcial do projeto que lidera no Programa de Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, uma das dez entidades do Consórcio Pesquisa Café.

 

A Conferência reunirá professores, estudantes, cientistas e profissionais de diferentes países para discussão sobre o futuro global das ciências em sementes no cenário agrícola e da biodiversidade vegetal, com o tema “Ciências em Sementes no Século XXI”. A pesquisadora da Embrapa Café apresenta um trabalho que vai ao encontro da discussão proposta. “A participação no evento é muito importante, principalmente devido à oportunidade de discutir e articular projetos de pesquisa com grupos de renome internacional em fisiologia da dessecação de sementes sensíveis à secagem”, tema da pesquisa.

 

O projeto de pesquisa é desenvolvido pela Embrapa Café tem o apoio da Universidade Federal de Lavras (Ufla), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).

 

Para Sttela Veiga essa pesquisa abre perspectivas para o entendimento sobre a complexidade da conservação de sementes de café, viabilizando desde o armazenamento de sementes em curto, médio e longo prazos até a melhoria do sabor e aroma da bebida de café. “Uma dificuldade ainda presente na propagação do cafeeiro é a baixa longevidade das sementes, o que dificulta a obtenção de mudas apropriadas e em época ideal ao plantio. Agregando a isso o armazenamento das sementes em bancos de germoplasma ainda não é possível pelas formas tradicionais, colocando em risco a preservação da espécie”, explica a pesquisadora.

 

A baixa longevidade de sementes de café tem sido atribuída à sensibilidade à dessecação, e o objetivo da pesquisa é investigar as alterações físicas, fisiológicas, bioquímicas, biofísicas e moleculares ocorridas nas sementes e grãos de café durante o processamento, a secagem e o armazenamento. O uso de ferramentas da biotecnologia também contribui com o trabalho, permitindo avaliar a expressão de genes potencialmente associados à sensibilidade à dessecação, à baixa longevidade das sementes e à qualidade da bebida de café. O projeto é inovador, uma vez que propõe o estudo conjunto dos fatores processamento e secagem, os quais podem afetar tanto a qualidade das sementes quanto dos grãos para produção de bebida. Em um país onde o agronegócio café se constitui como uma atividade de relevância econômica e social, é fundamental que trabalhos sejam dedicados à solução de problemas relacionados à cultura e que garantam sustentabilidade e aumento de competitividade no mercado internacional.

 

Cristiane Vasconcelos

Área de Comunicação & Negócios da Embrapa Café

(61) 3448-4566

comunicacao@sapc.embrapa.br

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