Funcafé: liberações para cooperativas chegam a R$ 16 milhões
Antonio Cerdeira, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP) irá proferir palestra no Simpósio Nacional da Sociedade Americana de Química – ACS (American Chemical Society), de 21 a 25 de março de 2010, em São Francisco, EUA.
O tema será a comparação entre culturas transgênicas e convencionais no manejo de pragas e meio ambiente, dentro do painel “Division of Agrochemicals”.
Cerdeira irá falar sobre impactos ambientais do cultivo da soja transgênica resistente ao herbicida glifosato no Brasil. Esse trabalho foi desenvolvido em parceria com Stephen Duke, pesquisador da United States Department of Agriculture, Agricultural Research Service, Natural Products Utilization Research Unit e Dionisio Gazziero, pesquisador da Embrapa Soja (Londrina, PR).
Conforme o pesquisador, centenas de estudos recentes têm demonstrado até o momento que os efeitos da soja transgênica resistente ao glifosato (SRG) na contaminação do solo, da água e de ar são pouco importantes quando comparados àqueles causados pelos herbicidas que eram usados antes desse cultivo.
O maior problema na adoção da soja transgênica resistente ao glifosato para a agricultura brasileira está sendo a resistência das ervas-daninhas ao herbicida, o que tem levado ao uso de outros herbicidas que supostamente o sistema visava eliminar, explica Cerdeira. Estão incluídas nesse caso as espécies Chamaesyce hirta (erva-de-santa-luzia), Commelina benghalensis (trapoeraba), Digitaria insularis (capim amargoso), Spermacoce latifólia (erva quente), Richardia brasiliensis (poaia branca) e Ipomoea spp. (ipoméia). Quatro espécies, Conyza bonariensis (buva), Conyza Canadensis (buva), Lolium multiflorum (azevém), e Euphorbia heterophylla (leiteiro), de difícil controle, também aumentaram sua importância na área de soja transgênica no Brasil. A buva é a mais difícil de controlar, diz Cerdeira.
Na programação do primeiro diaserão discutidos o manejo das pragas usando inseticidas e culturas transgênicas resistentes a insetos com os seguintes temas: volume de inseticida utilizado: um estudo de caso do algodão, inseticidas usados desde a comercialização do milho Bt (Bacillus thuringiensis), fluxo gênico em culturas transgênicas resistentes a insetos, novos modos de ação RNA interferente (RNAi) vs. Bt, integração de inseticidas e culturas transgênicas resistentes a insetos e avaliações de risco ambiental: convencional versus transgênicos: impactos relativos em organismos não transgênicos.
No segundo dia, os assuntos serão manejo de plantas daninhas usando herbicidas e culturas transgênicas resistentes a herbicidas. Tópicos como resistência do herbicida dicamba, novos modos de ação de herbicidas e plantas transgênicas, metabolismo dos herbicidas nas plantas, fluxo gênico, estudos de compartilhamento de eventos (resistência a herbicidas e insetos) na mesma cultura, serão discutidos com ênfase principalmente nos herbicidas glifosato e glufosinato.
Cristina Tordin
Embrapa Meio Ambiente
/ 19.3311.2608
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura