Pesquisador da Embrapa assumirá a presidência da CTNBio

​Paulo Augusto Vianna Barroso, pesquisador da Embrapa Territorial, foi designado presidente da CTNBio para o cumprimento do primeiro mandato, a partir de 19 de abril de 2020

03.04.2020 | 20:59 (UTC -3)
Alan Rodrigues

Paulo Augusto Vianna Barroso, pesquisador da Embrapa Territorial, foi designado presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio para o cumprimento do primeiro mandato, a partir de 19 de abril de 2020. A Portaria 1.382 com a informação foi assinada pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, no dia 1º de abril.

Barroso possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (1991), mestrado em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura) pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas) também pela Universidade de São Paulo (2000). Tem experiência na área de Genética, Biotecnologia, Melhoramento e Monitoramento Territorial.

Como presidente substituto, a CTNBio terá o professor associado do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Universidade de São Paulo, Flávio Finardi Filho.

Paulo recebeu a notícia com muito orgulho. Ele leva o nome da Embrapa ao cargo mais elevado da respeitada comissão e sabe da responsabilidade da sua nova função. “São décadas de trabalho eficiente da CTNBio o que permitiram que os organismos geneticamente modificados (OGM) fizessem parte da vida de todos os brasileiros sem que nenhum problema à saúde humana, animal ou ao meio ambiente tenha sido verificado”, afirmou.

A CTNBio é órgão máximo em biossegurança de organismos geneticamente modificados no País. Para Paulo, exercer a presidência da Comissão significa fazer a gestão da segurança de projetos e produtos de uma das mais importantes áreas de pesquisa e desenvolvimento do mundo.

Plano de trabalho

Para os próximos dois anos, ele planeja manter o foco na biossegurança e continuar o trabalho realizado em gestões anteriores no aumento da eficiência das análises nos processos tramitados na comissão.

Em seu mandato, o órgão também buscará ampliar a participação de instituições públicas, empresas e startups brasileiras no processo de produção de inovação com uso de organismos transgênicos. Paulo acredita que o ambiente de inovação brasileiro pode produzir mais nessa área. “Embora as questões de biossegurança não sejam os maiores empecilhos, a CTNBio buscará, dentro do seu escopo, promover que um maior número de instituições possa desenvolver pesquisas que gerem produtos baseados em OGMs”, disse.

O cientista considera que os projetos e produtos transgênicos podem ajudar a melhorar a vida do povo brasileiro. Esses benefícios englobam desde tecnologias terapêuticas que melhoram a saúde e qualidade de vida da população, até as famosas cultivares de plantas geneticamente modificadas. Tudo isso, ele ressalta, com foco na biossegurança.

Paulo Barroso é membro da CTNBio desde agosto de 2019, com passagem anterior entre 2006 e 2010.

CTNBio

Criada em 1996, a comissão está ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Dentre suas atribuições estão a elaboração de normas de biossegurança e a emissão de pareceres técnicos quanto à liberação de organismos transgênicos para comercialização e industrialização.


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