​Pesquisa sobre aplicação de defensivos une IAC/QUEPIA a universidade dos Estados Unidos

Cientista da Universidade de Maryland está no Brasil para avaliar no laboratório da Secretaria de Agricultura de SP um novo protocolo global para vestimentas de proteção a agroquímicos, desenvolvido em parceria com pesqu

06.03.2017 | 20:59 (UTC -3)
Fernanda Campos

A próxima reunião do Comitê Mundial da ISO – International Organization for Standartization -, em LEEDS, na Inglaterra, no final deste mês, terá espaço para a ciência agrícola produzida no Brasil. Na ocasião, o pesquisador científico Hamilton Ramos, do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, apresentará um novo trabalho com ênfase na qualidade de vestimentas usadas na aplicação de agroquímicos.

Ramos, coordenador do Programa IAC/QUEPIA de Qualidade de EPI na Agricultura, desenvolve em parceria com a cientista Anugrah Shaw, da Universidade de Maryland, dos EUA, um novo protocolo de dados voltado à certificação dessas vestimentas.

Pesquisadora responsável pela Norma ISO 27065, a diretriz-base mundial para a certificação de vestimentas de proteção a defensivos, Shaw está no Brasil até o próximo dia 07. Ela se valerá dos recursos de um laboratório do IAC, localizado no Centro de Engenharia e Automação (CEA), na cidade paulista de Jundiaí, para avaliar novas metodologias de análise que junto ao cientista brasileiro levará ao Comitê da ISO, na reunião de LEEDS.

Segundo Hamilton Ramos, o laboratório do CEA/IAC de Jundiaí é atualmente o único do Brasil, e um dos poucos no mundo, apto a realizar todos os testes de qualidade da norma ISO 27065.

“Alguns países contestam a eficácia de um herbicida específico nos testes de segurança de vestimentas. Este fator, sobretudo, dificulta a adoção da norma 27065 em escala global. Junto à doutora Anugrah Shaw, apresentaremos dados envolvendo outros líquidos-testes, além de uma proposta efetiva visando a harmonização mundial das análises de qualidade”, salienta Hamilton Ramos.

Os dois pesquisadores dedicam pelo menos vinte anos de suas carreiras ao estudo de vestimentas de proteção a defensivos. Ambos se tornaram mundialmente conhecidos, principalmente, pela ativa participação na criação de metodologias já validadas pelo Comitê da ISO. A partir de agora, assinala Ramos, a dupla de cientistas também passará a pesquisar a qualidade de luvas de proteção produzidas no Brasil e no mundo.

Financiado com recursos privados, o Programa IAC/QUEPIA completou 10 anos de atividades em 2016. São atribuições do órgão, ainda, a análise de matérias-primas empregadas na fabricação de vestimentas e a concessão do Selo IAC de Qualidade a produtos acabados.

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