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Equipe de pesquisadores detectou, pela primeira vez no Brasil, a presença do Bidens mottle virus (BiMoV). Seu estudo relata plantas de Zinnia sp. e picão-preto com sintomas de infecção por vírus, encontradas no município de Santa Bárbara d’Oeste.
Partículas e inclusões citoplasmáticas típicas de infecção por potyvirus foram observadas por microscopia eletrônica de transmissão em folhas sintomáticas. A infecção das plantas com o Bidens mottle virus (BiMoV) foi confirmada por RT-PCR e sequenciamento de nucleotídeos. A sequência do genoma quase completo do isolado brasileiro possui 95,6% de identidade com a sequência de nucleotídeos de um isolado do BiMoV dos Estados Unidos.
O BiMoV foi transmitido mecanicamente e causou infecção sistêmica em plantas de Zinnia sp., picão-preto, girassol e alface. Pulgões da espécie Myzus persicae transmitiram o vírus para plantas de Zinnia sp. com eficiência de 8% e 42%, usando um e dez pulgões por planta, respectivamente. Esta é a primeira detecção do BiMoV no Brasil. Os pesquisadores reforçam, no entanto, a necessidade de estudos adicionais para avaliar a distribuição desse potyvírus no país.
O vírus Bidens mottle (BiMoV) pertence ao gênero Potyvirus, família Potyviridae. O BiMoV foi identificado pela primeira vez causando manchas em plantas de Bidens spp. e Lepidium spp. nos Estados Unidos. No início da década de 1970, esse potyvirus era considerado fator limitante na produção de alface (Lactuca sativa L.) e escarola (Cichorium endivia L.). Além dos Estados Unidos, o vírus foi relatado apenas em Taiwan.
O artigo dos pesquisadores pode ser lido em doi.org/10.1590/1678-992X-2023-0078
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