Uma pesquisa do Mestrado Profissional em Controle de Doenças e Pragas dos Citros – MasterCitrus mostrou que, para o combate do greening, é necessário fazer o controle do psilídeo em uma faixa de borda de pelo menos 100 metros em todo o entorno da propriedade e em intervalos menores do que 14 dias, e não apenas pulverizar a periferia dos talhões.
O estudo avaliou a qualidade da cobertura do produto aplicado na periferia dos talhões com plantas em produção de diferentes tamanhos (2 e 2,5 m de altura e 15 e 33,8 m³ de copa) e também levou em consideração o tipo de pulverizador (turbopulverizador convencional e jatão), e a direção da linha de plantio (perpendicular ou paralela) em relação ao sentido da pulverização. A eficiência do controle foi analisada por meio do acompanhamento do surgimento de novas plantas com greening em talhões próximos à divisa da propriedade.
Os resultados apontaram que, nestes pomares em produção, coberturas suficientes para o controle do psilídeo foram obtidas a apenas 7 metros de distância da borda do talhão, independente do pulverizador e do sentido da pulverização. Quando a aplicação foi realizada no sentido paralelo a linha do plantio, a cobertura do inseticida não foi uniforme, sendo maior na face da copa voltada para fora do talhão e menor na face oposta.
Após 28 meses, observou-se que as pulverizações de inseticidas ao redor dos talhões, sem cobrir as plantas dos primeiros 100 metros, feitas em intervalo de 14 dias, não foram eficientes para reduzir a captura do psilídeo e o aparecimento de novas plantas com sintomas de greening no talhão, sem apresentar diferenças do tratamento em que essas pulverizações na periferia não são realizadas.
O estudo foi desenvolvido pelo engenheiro agrônomo Fabiano Parra Assato, com orientação do pesquisador do Fundecitrus Renato Bassanezi. “O psilídeo que vem de fora do pomar não para necessariamente nas plantas da primeira e segunda linhas de plantio em relação à divisa da fazenda. Boa parte deles aterrissa dentro do talhão e, portanto, as pulverizações frequentes de borda devem ser realizadas em uma faixa de pelo menos 100 metros”, conclui Bassanezi.