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Revisão sistemática analisou avanços no controle biológico da Drosophila suzukii, praga que afeta cultivos de frutas como morango, amora, mirtilo e cereja.
O estudo, que revisou 184 publicações entre 2012 e 2023, destacou parasitoides como principais agentes de controle, com ênfase nas espécies Trichopria drosophilae e Pachycrepoideus vindemmiae.
A pesquisa também apontou desafios na aplicação em campo e a necessidade de estratégias mais sustentáveis para o manejo da praga.
A revisão revelou que 64% das publicações analisadas focaram em parasitoides, enquanto 26% estudaram entomopatógenos como bactérias e fungos, e apenas 7% analisaram predadores naturais da praga.
Entre os parasitoides, os mais pesquisados foram Trichopria drosophilae e Pachycrepoideus vindemmiae, ambos capazes de reduzir populações da D. suzukii em condições laboratoriais e de campo.
Outras espécies também têm ganhado destaque, como Ganaspis kimorum e Leptopilina japonica, que demonstraram potencial em diferentes regiões do mundo. Estudos recentes indicam que alguns desses parasitoides já foram liberados em programas de controle biológico nos Estados Unidos e Europa.
Apesar dos avanços, o estudo indica que a maioria das pesquisas foi realizada em laboratório (66%), com apenas 15% em campo e 18% combinando diferentes métodos. Esse desequilíbrio reforça a necessidade de mais estudos sobre a eficiência dos agentes biológicos em condições reais de cultivo.
Os pesquisadores também destacaram que o controle biológico da D. suzukii pode ser influenciado por fatores ambientais, como temperatura e umidade, além da interação com outros organismos. A competição entre diferentes parasitoides também é um fator a ser considerado em programas de liberação.
Além dos parasitoides, a revisão identificou avanços no uso de entomopatógenos.
Fungos como Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae demonstraram alta taxa de infecção contra a D. suzukii em laboratório, mas sua aplicação em campo ainda enfrenta desafios.
Bactérias como Xenorhabdus nematophila e Bacillus thuringiensis também mostraram efeito letal sobre as larvas da praga.
Os predadores naturais da D. suzukii foram menos estudados, mas espécies como o percevejo-pirata Orius insidiosus e o besouro Dalotia coriaria demonstraram potencial em reduzir as populações da praga. Estudos sobre interações entre diferentes agentes de controle biológico podem ajudar a definir estratégias mais eficazes no futuro.
Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.3390/insects16020133
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