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“Estudo do crescimento e produção de flavonóides totais por seis acessos de Dimorphandra” é o nome da pesquisa realizada por acadêmicos de Agronomia da UFMG escolhida para receber o Prêmio Associação Brasileira de Horticultura (ABH) de Iniciação Científica.
O prêmio é destinado a trabalhos de graduação inscritos no 49º Congresso Brasileiro de Olericultura (CBO), que acontece de 03 a 07 de agosto, em Águas de Lindóia (SP). Os alunos do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG, campus regional de Montes Claros, levam o prêmio na categoria “Plantas medicinais, aromáticas e condimentares”. A entrega do Prêmio ABH de Iniciação Científica será durante o jantar de confraternização do 49º CBO, no dia 06 de agosto.
O trabalho aborda duas espécies do cerrado: a fava d’anta ou favela (
), ameaçada de extinção, e o faveiro de wilson (
), vulnerável à extinção. No estudo foram comparados o crescimento e a produção de flavonóides – substâncias responsáveis pelas propriedades medicinais das plantas – das duas espécies, a partir de coletas feitas em seis locais diferentes. As amostras foram coletadas nas cidades mineiras de Montes Claros, Claro dos Poções e Paraopebas.
O estudante de Agronomia Samuel Vasconcelos Valadares, um dos responsáveis pelo trabalho, explica que o principal princípio ativo das duas espécies é a rutina, substância que, pela propriedade de reforçar os vasos sanguíneos, é muito utilizada no tratamento de doenças relacionadas à circulação sanguínea, como varizes.
Segundo o estudante, atualmente, a maior parte da rutina utilizada em todo o mundo vem da fava d’anta que é extraída de forma predatória, o que vem ameaçando o futuro da espécie. Os estudos realizados no ICA demonstraram que o faveiro de wilson também possui grande potencial medicinal e de cultivo. “O principal enfoque do nosso estudo é na importância da conservação e do cultivo dessas espécies”, frisa Samuel.
Também participaram da pesquisa os acadêmicos Camila Karen Reis Barbosa e Rafael Vasconcelos Valadares, além de Leonardo Ferreira da Silva, recém-egresso do curso de Agronomia da UFMG. O trabalho, realizado sob orientação do professor Ernane Ronie Martins e co-orientação do professor Luiz Arnaldo Fernandes, faz parte de um conjunto de estudos que vêm sendo realizados no ICA com espécies medicinais do cerrado, com destaque para a fava-d’anta.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Instituto de Ciências Agrárias /UFMG - (38) 2101-7773 /
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