Paraná reforça combate ao greening após casos confirmados

Após a confirmação de casos de greening nos municípios de Doutor Ulysses e Cerro Azul, o Estado do Paraná iniciou nova frente de contenção da praga nos citros no Vale do Ribeira. A ação será coordenada pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), em parceria com as prefeituras.

Reunião em Curitiba alinhou medidas urgentes com foco na comunicação direta com os produtores. O secretário Marcio Nunes afirmou que a Adapar tem preparo técnico e jurídico para enfrentar o desafio. Ele destacou a necessidade de uma informação clara para preservar a relevância da citricultura paranaense.

A estratégia segue o modelo de parceria já aplicado nas regiões Norte e Noroeste desde 2023. O diretor da Adapar, Renato Blood, informou que as ações serão baseadas no sucesso anterior. Reforçou também que a notificação imediata de casos suspeitos é essencial e que a erradicação ocorre apenas na planta doente.

As prefeituras já organizam reuniões com agricultores. Cerro Azul iniciou os encontros após a confirmação da doença. Doutor Ulysses seguirá o mesmo caminho. Técnicos do IDR-Paraná começam nesta quarta-feira (25) a instalação de armadilhas para detectar o inseto vetor (Diaphorina citri), ainda não encontrado na região.

Entre 30 de junho e 4 de julho, a Adapar realiza a Operação Big Citros no Vale do Ribeira, com fiscais experientes no combate ao greening (causado pela bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus). Outra frente será aberta na Ceasa de Curitiba, onde técnicos orientarão produtores e carregadores de tangerina sobre os cuidados com equipamentos agrícolas.

O Paraná declarou estado de emergência fitossanitária para o greening em dezembro de 2023. Em 2024, a produção estadual de tangerinas chegou a 115,4 mil toneladas. Cerro Azul respondeu por 65,5 mil toneladas, com VBP de R$ 99,7 milhões. Doutor Ulysses produziu 26,6 mil toneladas, com VBP de R$ 44,9 milhões.