Para agropecuária, 2011 termina melhor que o esperado

22.12.2011 | 21:59 (UTC -3)
Fonte: Gerência de Comunicação do Sistem

Com índices positivos de Produto Interno Bruto (PIB), geração de empregos e balança comercial superavitária o setor agropecuário goiano encerra o ano com bons resultados. Em coletiva à imprensa na tarde desta quarta-feira (21/12), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, classificou 2011 como o ano da superação. Segundo ele foi um ano que começou no rescaldo de uma crise internacional, sem muitas perspectivas de crescimento, mas que se encerrará com um acréscimo de 4% no PIB nacional.

Já o ano de 2012 está chegando em meio a incertezas quanto ao comportamento da economia mundial, especialmente da Europeia. “Esse cenário exige prudência por parte dos produtores rurais”, alertou José Mário. Os países mais fragilizados permanecerão comprometidos com a redução de suas dívidas, cortando gastos, aumentando receitas por meio do aumento de impostos, o que resulta na redução do nível de crescimento da economia mundial.

A Faeg defende que a China continuará sendo o grande alicerce da economia global, apesar de manter a atual política de desaceleração, mesmo assim estima-se que o país asiático terá um crescimento de 8% em 2012. Para José Mário, o desempenho da economia interna brasileira dependerá muito do cenário externo, mas segundo as primeiras projeções, o PIB do Brasil deverá crescer entre 3% e 4% no próximo ano.

A economia goiana, em especial, deu mostras de ter crescido acima da média brasileira durante o ano que termina. Segundo José Mário, estima-se que o PIB do estado, em 2011, fechará em R$ 100 bilhões, com o setor agropecuário contribuindo de forma significativa para esse crescimento. “A conjuntura de preços das commodities favoráveis no início do ano, somada à produção recorde de grãos na safra 2010/2011, permitiu que o setor agropecuário tivesse fundamental importância no crescimento da economia goiana”, explicou aos jornalistas.

De acordo com os dados divulgados na coletiva, no acumulado do ano, até novembro, o Valor Bruto da Produção (VBP) do setor agropecuário de Goiás somou R$ 24 bilhões, 26% maior do que em 2010. A agricultura teve maior peso com R$ 14 bilhões e o setor pecuário com R$ 10 bilhões. O setor agropecuário goiano voltou a garantir o saldo positivo na balança comercial de Goiás em 2011 (até novembro). Esse bom desempenho também se refletiu na criação de postos de trabalho no setor agropecuário. Até novembro deste ano, o setor conseguiu abrir quase 73 mil postos de trabalho, superior aos 65 mil gerados em 2010, 12,3% de crescimento.

O agronegócio exportou mais de US$ 3,8 bilhões, 73% de tudo que foi exportado durante o ano, com um crescimento de 35% superior ao mesmo período de 2010. As importações pelo setor representaram apenas 7,2% do total importado pelo Estado (US$ 372 milhões), fato que garantiu ao setor contribuir com um saldo na balança comercial de Goiás de US$ 3,5 bilhões, 66% do total das exportações.

Outro dado relevante, de acordo com a Faeg, diz respeito ao aumento da produção agrícola. Na última safra 2010/2011 foram produzidos 15,2 milhões de toneladas de grãos, 14,3% maior do que a safra anterior, novo recorde conforme os dados do IBGE. No setor de produção animal os números também foram favoráveis, apesar dos obstáculos que impediram um avanço maior das exportações de carnes.

Em 2011, houve um crescimento de 2% na produção de carne bovina que passou de 871 mil toneladas em 2010 para 888 mil toneladas em 2011. O setor de carne de aves teve um acréscimo de 12% (saiu de 624 mil toneladas para 698 mil toneladas) e ocorreu um aumento de 5% na produção de carne suína (de 226 mil toneladas para 237 mil toneladas). Quanto à produção de leite, segundo a Faeg, se não fossem as elevadas importações que assolaram o setor em 2011, o crescimento poderia ter sido maior do que os 3% apresentado.

Como avanços nas discussões que envolveram o setor agropecuário em 2011, o presidente da Faeg, José Mário destacou, em âmbito federal, a aprovação do Código Florestal, a criação de um grupo de trabalho para discutir a nova política agrícola, a nomeação dos primeiros adidos agrícolas do país e em âmbito estadual a redução de duas para uma vacinação para os animais acima de 24 meses, a contribuição do setor rural no acompanhamento do programa de recuperação de rodovias.

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