Para Abramilho, suspensão dos transgênicos no Troca-Troca é “retrocesso”

A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) classificou como um “retrocesso” a decisão do Fundo Estadual de Apoio aos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper) de suspender a distribuição de sementes transgênicas de milho no programa Troca-Troca Rio Grande do Sul, que fornece sementes a pequenos produtores do Estado.

“É uma decisão estranha, que representa um retrocesso no estímulo ao uso da tecnologia”, lamentou o presidente-executivo da Abramilho, Alysson Paolinelli. Segundo ele, o pequeno produtor é quem mais precisa de tecnologia, e o Troca-Troca deve disponibilizar não apenas transgênicos, mas também assistência técnica ao produtor gaúcho.

“O que precisamos é fazer a tecnologia chegar a esses agricultores e dar condições para que possam fazer seu uso da forma mais adequada. Suspender a semente de milho transgênico é privar o agricultor de um manejo mais fácil e sustentável. A tecnologia transgênica que está disponível ao agricultor exige menos aplicações de inseticidas. Isso significa não usar mais aqueles pulverizadores costais, usados pela ampla maioria dos pequenos produtores, além de reduzir significativamente o risco de intoxicação com agrotóxicos. É um retrocesso do ponto de vista ambiental e uma piora na qualidade de vida desse agricultor”, afirmou Paolinelli.